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Papai Noel distribuiu o cartão SUS

Papai Noel mora no Ministério da Saúde. O secretário de Gestão Estratégica e Participativa, Luiz Odorico Monteiro Andrade, mostrou que o Cartão Nacional de Saúde já existe e exibiu o seu. Tem o número 898.0019.2601.1564.

Esse projeto já custou à Viúva algo como R$ 400 milhões e 15 anos de promessas. Quando o comissário Alexandre Padilha assumiu o ministério, prometeu desatar o nó e avisou que não faria negócios sem licitação. No meio do caminho, amparou um contrato da Fiocruz, fechado sem licitação, no valor de R$ 365 milhões. Como tinha cheiro de Dnit, foi cancelado.

Para que o Cartão SUS funcione é preciso que exista uma rede de software interligando os computadores dos hospitais e os postos de atendimento.

Quando isso acontecer, a ficha médica e as despesas hospitalares de 190 milhões de brasileiros estarão num banco de dados. Agiliza-se o processo, mede-se a eficiência das unidades e dificulta-se a roubalheira.

Com o cancelamento do contrato dos portugueses (para glória da tradição da Fiocruz), voltou tudo à estaca zero. Há o serviço do Datasus, mas ele não gera negócios.

E o cartão do doutor Odorico? Coisa de Papai Noel. Foi uma simulação. O número 898.0019.2601.1564 pertence à cidadã Bruna Ewylien Santos Moura, que mora em Aracaju, onde existe, desde 2000, um bem-sucedido projeto do Cartão SUS. Odorico tem um cartão, mas o dele não é uma realização do comissariado. Foi produzido em 2002, durante o tucanato.

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