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Em 1ª missa, padre expulso pela ditadura usa tom político

Agência Bureau
Padre Vito Miracapillo, durante missa em Ribeirão (PE)
Padre Vito Miracapillo, durante missa em Ribeirão (PE)

DANIEL CARVALHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO (PE)

Na missa em que comemorou a autorização para que voltasse definitivamente para o Brasil, o padre italiano Vito Miracapillo, 65, não deixou de lado o discurso político que lhe rendeu a expulsão do país em 1980, durante a ditadura militar.

Na noite de sábado, o regresso do religioso lotou a modesta Capela de São Pedro e São Paulo, erguida por ele em Ribeirão, cidade na zona da mata de Pernambuco.

Aplaudido de pé mais de uma vez, abraçado e beijado por cerca de cem pessoas, Miracapillo reforçou a necessidade de participação da igreja na política.

"Sempre acreditei que a igreja e o trabalho pastoral ajudassem a política a ser justa e a saber distribuir as riquezas do país", disse o padre, que foi obrigado pelo regime militar a deixar o Brasil depois que se negou a celebrar missa em comemoração ao Dia da Independência.

Em 1993, o decreto de expulsão foi revogado, e Miracapillo passou a visitar o Brasil como turista.

No final de 2011, ele recebeu autorização do Ministério da Justiça para voltar ao Brasil em definitivo. Agora o padre depende de seus superiores eclesiásticos na Itália para voltar de vez para Ribeirão.

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