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Limongi aponta perda de protagonismo do MP

DE SÃO PAULO

Representante do grupo de oposição que é ligado ao ex-procurador-geral Luiz Antonio Marrey, Mário de Magalhães Papaterra Limongi, 59, está no Ministério Público desde 1976.

Trabalhou na área criminal no 1º Tribunal do Júri da capital e foi secretário-adjunto nas pastas de Segurança Pública (1999-2001) e de Governo e Gestão Estratégica do Estado (2002).

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Folha - Quais são suas propostas para o Ministério Público?

Mário Papaterra Limongi - Quero diminuir diferenças dentro do Ministério Público. Há promotorias muito bem aparelhadas e outras muito mal estruturadas. Também há comarcas em que há desfalque de promotores. É possível resolver isso a médio prazo realizando concursos com mais frequência.

Qual sua principal crítica à chefia de hoje da instituição?

O atual procurador fez uma gestão correta sob o ponto de vista administrativo, mas sem ousadia. A gestão ficou muito ensimesmada, voltada para dentro. O Ministério Público perdeu espaço externo que nós conquistamos.

Perdeu protagonismo e a função de agente político, que é da chefia. O Ministério Público não precisa de um gerente na Procuradoria-Geral, precisa de um líder.

Como seria isso na prática?

O Ministério Público precisa ter participação mais ativa nas reformas legislativas, alertando a opinião pública sobre desvios. Por exemplo, na esfera criminal, a nossa lei está muito permissiva e o Ministério Público não tem se colocado sobre o assunto.

Ter sido secretário do governador Alckmin não poderia prejudicar sua independência no cargo de procurador-geral?

Não, de jeito nenhum. Primeiro porque depois de

ter sido secretário eu fui eleito duas vezes pela classe para o Conselho Superior do Ministério Público. E o governador Geraldo Alckmin certamente quer um Ministério Público independente.

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