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Mudança pode alterar crédito imobiliário

DE BRASÍLIA

A decisão do governo de mudar a regra de remuneração da poupança quando a taxa Selic chegar a 8,5% poderá aumentar o ganho dos bancos nos financiamentos imobiliários.

Se as instituições financeiras não acompanharem a diminuição da taxa de juros e não reduzirem também o valor cobrado nos empréstimos, na prática, elas estarão captando dinheiro no mercado mais barato e cobrando o mesmo preço dos mutuários.

Hoje a poupança é a principal fonte de recursos na área de habitação, e 65% do saldo das cadernetas tem que ser obrigatoriamente direcionado para o setor.

LUCRO

Enquanto numa ponta os bancos pagam aos poupadores, na regra atual, juros de 6,17% ao ano mais a variação da TR (Taxa Referencial), eles financiam a compra de imóveis cobrando até 12% ao ano mais a TR. Isso considerando as operações feitas pelas regras do SFH (Sistema Financeiro de Habitação).

A diferença serve para cobrir os custos do financiamento e o lucro do banco. Se a taxa de captação cai e a de aplicação permanece inalterada, a instituição estará embolsando mais dinheiro com o crédito concedido.

Para o ministro Guido Mantega (Fazenda), com a concorrência no sistema financeiro e a briga pela clientela, os bancos vão "ter que diminuir o custo dos financiamentos".

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