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Crise faz governo rever imposto sobre empréstimos no exterior

Afrouxamento de IOF faz cotação do dólar recuar para R$ 2,05

LORENNA RODRIGUES
PRISCILLA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA

O governo reduziu o tributo cobrado nos empréstimos no exterior feitos por bancos e empresas brasileiras. A medida facilita o acesso ao crédito, que escasseou com o agravamento da crise europeia, e ajuda a conter o dólar.

Agora, será cobrada a alíquota de 6% do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) só nos empréstimos com prazo até dois anos. Desde março, os empréstimos até cinco anos eram taxados.

O governo havia estendido a taxação para barrar o excesso de dólares no Brasil. Temendo a "tsunami" da moeda, ampliou duas vezes o prazo de cobrança do IOF, para três e para cinco anos. No mês seguinte, os empréstimos no exterior despencaram.

Segundo o Banco Central, em abril, a cada US$ 100 de dívidas externas que venceram e foram pagas, o setor privado tomou emprestado US$ 67. Foi o nível mais baixo de empréstimos desde dezembro de 2009, ano da crise. Em março, essa relação era de US$ 168 emprestados a cada US$ 100 vencidos.

"Estamos abrindo a possibilidade de as empresas voltarem a tomar empréstimos no exterior sem o IOF. Isso reduz o custo e aumenta a oferta de crédito", disse o ministro Guido Mantega (Fazenda).

Ontem, o dólar fechou em queda, a R$ 2,058.

Colaborou MARIANA CARNEIRO, de São Paulo

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