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O Brasil é 'primário', diz Janio de Freitas na TV

O colunista de política da Folha foi entrevistado no programa 'Roda Viva', da TV Cultura

DE SÃO PAULO

O Brasil ainda é um país com pouca força institucional, ou "primário", nas palavras de Janio de Freitas, colunista da Folha entrevistado ontem no programa "Roda Viva", da TV Cultura.

Apresentado como "decano da crítica política no Brasil" pelo âncora Mario Sergio Conti, Janio de Freitas fez críticas ao fisiologismo no Legislativo, à política do "toma lá, dá cá" do Executivo e à lentidão do Judiciário.

"Você acha que depois de esperar 30 anos, ainda que se ganhe [uma ação], isso pode ser considerado justiça? Só o Judiciário de um país primário pode permitir isso", disse, exemplificando com o escândalo do mensalão, que se tornou público em 2005, mas só agora está sendo julgado.

O colunista disse que tem "uma tendência" a se identificar com as causas sociais e, por isso, aceita quando o rotulam como "de esquerda".

Ele fez críticas aos ex-presidentes Lula, por ter mudado o discurso ao assumir o poder, e Fernando Henrique Cardoso. A compra de votos para a reeleição, revelada pela Folha em 1997, foi classificada como "o mais grave dos episódios [...] desde a saída do [presidente João Baptista] Figueiredo [1985]", disse. "Essa, sim, é uma compra comprovada, atestada."

O colunista também fez críticas à imprensa. Reclamou, entre outras coisas, da excessiva preocupação dos jornais com aspectos estéticos.

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