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Saída de Cármen Lúcia provoca críticas da defesa

DE BRASÍLIA

A saída inesperada da ministra Cármen Lúcia do plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) no meio do quarto dia do julgamento do mensalão gerou uma rebelião dos advogados dos réus.

Por volta das 17h, quando ainda restavam duas defesas orais, Cármen anunciou que tinha compromisso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), do qual é presidente, mas prometeu assistir na manhã de hoje ao vídeo das defesas.

Em nome dos advogados, o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, que defende Kátia Rabello, pediu ao presidente do STF, Ayres Britto, que suspendesse a sessão, pois isso poderia atingir o direito da defesa: "Eu quero falar para o plenário e não gostaria de perder a presença de uma ministra do nível dela".

Antes de fazer o pedido, Dias disse que havia risco de precedente: "Todos os ministros poderiam dizer: 'deixa que eu vou estudar o processo em casa'. Isso não existe. Para isso existe o plenário".

O advogado Márcio Thomaz Bastos telefonou ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcanti, e pediu uma intervenção. Ele disse que o "regimento interno" do STF não permitia a ausência de ministros nas sustentações orais das defesas. Ophir ligou para a Secretaria do STF, que encaminhou protesto a Ayres.

O presidente do STF submeteu o pedido a votação, e a questão de ordem foi recusada por dez votos a zero.

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