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PMDB comprou apoio a Paes, diz revista

Presidente do PTN no Rio afirma em gravação que recebeu promessa de receber R$ 1 mi para deixar candidatura própria

Candidato à reeleição nega compra de apoio de partido nanico e relaciona acusação a 'coisas de campanha'

DO RIO

O PMDB do Rio fechou um acordo para o suposto o pagamento de R$ 1 milhão ao PTN em troca do apoio do partido à reeleição do prefeito Eduardo Paes, informa a revista "Veja" desta semana.

Uma gravação à qual a publicação teve acesso mostra o presidente estadual do partido, Jorge Sanfins Esch, afirmando, em conversa com integrantes da sigla, que barrou uma candidatura própria porque acertou o recebimento de R$ 200 mil para as campanhas a vereador do PTN.

Na gravação, Esch diz que o acordo foi fechado na convenção do partido, em 30 de junho, com o ex-chefe da Casa Civil de Paes, Pedro Paulo Teixeira, e reclama de não ter recebido os recursos.

Segundo a "Veja", uma primeira convenção, que lançaria candidato próprio, foi cancelada em junho por Esch e uma nova foi realizada no fim do mês para apoiar o PMDB.

O presidente local diz que a melhor saída é apoiar Paes.

"O cara dá R$ 200 mil para dentro, dá uma prata para ele tirar a candidatura dele, dá todo o material de campanha, toda a estrutura para os candidatos. Não dá para recusar", afirma, na gravação.

Os outros R$ 800 mil viriam de um acerto financeiro do PMDB com Esch, que, junto com três colegas, cobra dívida da Prefeitura do Rio de quando trabalhava na RioLuz, órgão responsável pela iluminação pública.

OUTRO LADO

O prefeito do Rio rebateu as acusações de compra de apoio político e afirmou que são "coisas de campanha".

Segundo Paes, o presidente estadual do PTN não é o representante oficial do partido no Rio. No site da sigla, o nome dele não é encontrado.

"Nosso interlocutor é o presidente do partido [José de Abreu] e ele designou o Paulo Memória, que seria o candidato a prefeito, como interlocutor no Rio. Isso são coisas de campanha", disse.

Paes apresentou notas ficais de compra de material de campanha no valor de R$ 154,9 mil, que foi doado ao PTN como forma de apoio aos vereadores do partido.

"Até poderia ter repassado dinheiro, isso é legal, mas não fiz", completou.

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