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Líder da greve da polícia em Salvador agora é candidato a vereador pelo PSDB

NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR

O homem que comandou os 12 dias de greve da Polícia Militar baiana em fevereiro agora disputa vaga de vereador em Salvador pelo PSDB.

"Serei a voz da categoria na política", declara Marco Prisco, 43, que após a greve passou um mês e meio preso sob acusação de motim, destruição de patrimônio público e formação de quadrilha.

Para ele, a greve não atrapalha sua campanha: "Com certeza vai ajudar. E muito".

Ele tentou ser vereador em 2008 pelo PSOL, e deputado estadual em 2010 pelo PTC.

Há sete meses, durante a greve, os tucanos locais procuraram se distanciar da greve. Hoje o discurso mudou.

"Foi um movimento de greve e, é claro, algumas pessoas se enervam. Mas não existe nenhuma ação legal que o desabone. [Prisco] Foi aprovado e está apoiando ACM Neto [à prefeitura]", diz Sérgio Passos, presidente do PSDB-BA.

Prisco faz campanha em quarteis, bairros em que vivem policiais e arredores de igrejas evangélicas -é batista. O sindicalista está fora da PM desde 2001, quando liderou outra greve. Disse já ter conseguido sua reincorporação na Justiça em agosto: "O governo do PT não cumpre ordem judicial aqui". A Procuradoria-Geral do Estado diz que a decisão já foi revogada.

Prisco tenta seguir os passos do Cabo Júlio, líder da greve da PM de Minas Gerais em 1997, e deputado estadual mais votado um ano depois. Envolvido no escândalo dos sanguessugas em 2006, já como deputado federal, ele renunciou ao mandato e foi condenado: "Cometi um erro imperdoável". Hoje é vereador pelo PMDB em Belo Horizonte e tenta a reeleição.

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