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Paes tem expectativa de votação recorde

Datafolha indica que prefeito do Rio deve ser reeleito com 66% dos votos válidos; Freixo (PSOL), em segundo, tem 25%

Desempenho na corrida municipal torna peemedebista cabo eleitoral importante nas eleições de 2014

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Na estreia extraoficial de sua campanha à reeleição em junho, durante a inauguração de túnel na zona oeste do Rio, o prefeito Eduardo Paes (PMDB), 42, postou-se ao lado do governador Sérgio Cabral (PMDB) no palanque. Fez um rosário de elogios e o chamou de "parceiro político e de transformação do Rio", com as mãos em seus ombros.

A defesa de Cabral -sob críticas desde a divulgação de fotos ao lado de empresários em Paris, como o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish- se repetiu ao longo dos últimos três meses. A presença do governador nem tanto.

Escolhido por Cabral em 2008, Paes inverteu posições com o aliado nesta eleição, na qual é virtual reeleito. Tem 66% das intenções de votos válidos na pesquisa Datafolha feita ontem e anteontem, encomendada pela Folha em parceria com a TV Globo.

É seguido pelo deputado Marcelo Freixo (PSOL), com 25%. Rodrigo Maia (DEM), que tem Clarice Garotinho de vice, registra apenas 3%.

CAPITAL POLÍTICO

Com a expectativa de votação recorde na capital, Paes será, em 2014, cabo eleitoral disputado para a campanha ao governo do Estado. Ele prometeu que não sairá da prefeitura para concorrer.

"Nem o Sérgio me inventou, nem eu inventei o Sérgio. Ser candidato do governador [em 2008] deu musculatura à candidatura. Mas o candidato fui eu. Nunca pensei em renegar o governador", diz.

Paes encerrou a campanha ontem ao lado de Cabral e dos senadores Lindberg Farias (PT), Marcelo Crivella (PRB) e Francisco Dornelles (PP), em Madureira, zona norte.

Na campanha na TV, apostou na divulgação das obras, nas unidades de saúde e educação, na revalorização do subúrbio e na reconquista da "autoestima" do carioca.

A ampla aliança, com 20 partidos, também trouxe problemas. A campanha de Paes é investigada por supostamente ter prometido R$ 1 milhão pelo apoio do PTN.

O prefeito diz ter contribuído de forma legal à sigla, mas reconhece que alguns partidos se aliaram para ter ajuda do PMDB. "Não se está lidando num ambiente de pureza. Está lidando no ambiente da política. (...) Se podem somar voto, por que recusar apoio?"

Conhecido como workaholic, Paes dorme cinco horas por dia. Filho de família rica, ex-morador do Jardim Botânico e de São Conrado, vive na residência oficial da prefeitura na Gávea Pequena.

Diz que o salário de R$ 13 mil de prefeito "é uma merreca". "Para o meu padrão de vida é muito baixo."

ATO PRÓ-FREIXO

O candidato do PSOL reuniu reuniu centenas de partidários numa manifestação que deu a volta no estádio do Maracanã. Apesar da derrota, Freixo quase triplicou a intenção de votos desde o início da campanha. "Essa é uma campanha que desafiou a tudo e a todos", disse.

Colaboraram MARCO ANTÔNIO MARTINS e MARCO AURÉLIO CANÔNICO

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