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Em Fortaleza, Elmano e Claudio estão tecnicamente empatados

Candidatos dos irmãos Gomes e de Luizianne polarizam eleição

ANDRÉIA SADI
ENVIADA ESPECIAL A FORTALEZA

Os candidatos à Prefeitura de Fortaleza Elmano de Freitas (PT) e Roberto Claudio (PSB) estão tecnicamente empatados e devem disputar o segundo turno, de acordo com pesquisa Datafolha encomendada pelo jornal

"O Povo".

Elmano aparece numericamente à frente do candidato do PSB: tem 26% dos votos válidos, contra 24% de Claudio. O candidato do DEM, Moroni Torgan, tem 19%.

O instituto ouviu 1.737 eleitores ontem e anteontem. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Segundo o Datafolha, numa projeção de segundo turno, Claudio venceria Elmano (44% a 38%).

No ranking de rejeição, Moroni lidera, com 37%. Elmano tem 30%, e Claudio aparece com 25%.

Em clima de disputa acirrada, a disputa medirá forças entre os irmãos Cid e Ciro Gomes, do PSB, e a prefeita Luizianne Lins, do PT, que apostam todas as fichas em Claudio e Elmano.

A disputa pela vaga implodiu a aliança firmada em 2006 entre os dois partidos.

O governador do Ceará diz que trabalhou para preservar a parceria, mas não apoiaria um candidato de uma prefeita com gestão mal avaliada.

"As pesquisas mostravam que precisávamos de um candidato que inspirasse mudança. Ela [Luizianne] não é minha inimiga, só não concordo com o projeto administrativo dela", disse à Folha.

Luizianne tem outra avaliação do "divórcio": acha que os irmãos Gomes, sobretudo Ciro, procuravam um motivo para romper com o PT.

"Queriam justificar a sede de poder que essa oligarquia de irmãos tem. Eles querem fazer com Fortaleza o que eles acham que fazem com Sobral, que é dominar."

As rusgas já se projetam na disputa de 2014.

Nos bastidores, petistas e socialistas afirmam que a prefeita tentará se cacifar para se eleger governadora.

Ela diz que o PT está livre para selar seu destino na próxima eleição.

Cid, no segundo mandato, diz que defenderá acordo com o PT para 2014, mas descarta apoiá-la. "Se enxergo deficiências na condução de um município, imagine na administração de um Estado, que é muito mais complexo."

Enfraquecido, o DEM aposta em Moroni para chegar ao segundo turno. "Ele estava na pole-position, mas a coisa endureceu quando as máquinas entraram", diz o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). Moroni liderava as pesquisas, mas perdeu fôlego com o apoio maciço dos padrinhos do PT e do PSB.

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