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Chefe de fiscalização sai e critica Brizola Neto

Ministro é acusado de 'impor cabresto político'

DE BRASÍLIA

Responsável no Ministério do Trabalho pelas ações de combate ao trabalho escravo e infantil, Vera Albuquerque entregou o cargo ontem com severas críticas ao ministro Brizola Neto (PDT). "Estou saindo porque querem impor um cabresto político na secretaria", disse à Folha.

Secretária de Inspeção do Trabalho desde o início do governo Dilma Rousseff, Vera diz ter sido "surpreendida" pela nomeação de um novo chefe de fiscalização no Rio, base política de Brizola.

Em carta à Secretaria-Geral da Presidência, ela diz que a mudança é "sinal verde à corrupção", e que Adriano Tanure, o nomeado, é visto "como uma pessoa que seria complacente com os malfeitos".

Vera diz que tentava uma audiência com Brizola desde setembro: "Ele não para aqui. Nunca." Questionada se ele era complacente com eventuais irregularidades, afirmou apenas que é desinformado sobre o que ocorre na pasta. Mas deixou claro que o "cabresto político" na fiscalização começou na gestão dele. "As anteriores nunca deram palpite na inspeção."

Em nota, o ministério disse que "lamenta" o pedido de demissão de Vera, "assim como seus termos inadequados". Disse ainda que secretários têm "amplo acesso ao ministro". Tanure não foi encontrado para comentar.

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