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Eleições 2012

Professores pregam voto em Haddad em ato na USP

Marilena Chaui diz que êxito do petista é vitória da 'política contra a religião'

Organizadores dizem que evento não tinha conotação partidária; grupo protesta contra aliança com Maluf

Fabio Braga/Folhapress
Fernando Haddad (PT) deixa região da Brasilândia, na zona norte de São Paulo, após ato da campanha para a prefeitura
Fernando Haddad (PT) deixa região da Brasilândia, na zona norte de São Paulo, após ato da campanha para a prefeitura

DE SÃO PAULO

A filósofa e professora da USP Marilena Chaui disse ontem que a vitória de Fernando Haddad (PT) na eleição para prefeito de São Paulo representará a afirmação da "política contra a religião".

Ela participou de ato realizado por um coletivo de estudantes da universidade para "discutir a cidade".

Embora os organizadores afirmem que o evento não tivesse conotação partidária, 10 dos 11 professores que discursaram defenderam voto no petista. O título do ato, "São Paulo quer mudança", é um dos motes da campanha de Haddad.

Após uma introdução em que afirmou que uma das formas de se renegar a política é a crença de que o poder do governante emana de "escolha divina", Chaui defendeu Haddad e atacou o apoio do pastor Silas Malafaia ao candidato do PSDB, José Serra.

"A eleição de Fernando Haddad significa que eu afirmo a política contra a religião e, portanto, contra os Malafaias e outras figuras [...], disse a professora.

Malafaia, líder da Assembleia Vitória em Cristo, vem atacando Haddad pela elaboração de material anti-homofobia em sua gestão no Ministério da Educação. Anteontem, o petista recebeu apoio de pastores evangélicos.

Um grupo de 15 estudantes estendeu cartazes contra a aliança do PT com o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e pregou voto nulo.

Em seu discurso pró-Haddad, a professora Daisy Ventura disse que o sistema eleitoral "leva forçosamente à realização de amplas alianças, e temos que estar nelas para defender o que achamos que deva ser a esquerda".

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