São Paulo, sábado, 01 de janeiro de 2011 |
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Alckmin assume SP de olho em projeto eleitoral Ao montar equipe, governador paulista atraiu o PSB, aliado de Dilma, e manteve espaço reservado ao PMDB Tucano busca conter avanço estadual do prefeito Kassab, que articula mudança de partido neste ano CATIA SEABRA DE SÃO PAULO O tucano Geraldo Alckmin estreia hoje um governo desenhado sob medida para seu projeto eleitoral, seja a busca da reeleição ou da Presidência da República. Além da tentativa de ampliação do arco de alianças -com inclusão do PSB e reserva de espaço para o PMDB, por exemplo- a montagem de seu secretariado mostra um esforço de asfixia de um potencial adversário do tucanato em 2014: o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). "Temos que levar o governo mais para esquerda", justificou Alckmin nos últimos dias a interlocutores. "Nossa base está muito fragmentada", acrescentou. Não é só. Ao atrair o chamado bloquinho e manter o PMDB na sua esfera, Alckmin tenta debilitar uma eventual candidatura de Kassab ao governo do Estado. Prestes a se filiar ao PMDB, Kassab tenta se viabilizar como alternativa à polarização entre PT e PSDB no Estado. Também para neutralizar Kassab, o tucano adensa os laços com o vice Guilherme Afif, o único do DEM contemplado com uma vaga no seu secretariado. Uma das apostas para disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2012, Afif tem sido tentado a se filiar ao PSDB (e não ao PMDB), caso Kassab migre mesmo para a base do governo Dilma. CHALITA A montagem da equipe também reflete a disposição de Alckmin de influir na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Derrotado por Kassab na eleição municipal de 2008, Alckmin prestigiou três possíveis candidatos: além de Afif, os tucanos Bruno Covas e José Anibal. Também interessado em concorrer à prefeitura pelo PSDB, Walter Feldman está no governo Kassab. Para ampliar o eleitorado do PSDB entre os mais pobres, Alckmin planeja turbinar os programas de distribuição de renda, unificando ações hoje dispersas. Já a aproximação com o PSB teve a participação ativa do deputado recém-eleito Gabriel Chalita (PSB). Um dos conselheiros de Alckmin, Chalita participou, segundo tucanos, da indicação até da Secretaria da Justiça. Sem descartar uma candidatura para a Presidência, Alckmin equilibra-se, dentro do PSDB, na disputa entre aecistas e serristas. Evita tomar partido. Quando questionado sobre sua relação com José Serra ou Aécio Neves, limita-se: "Ótima". Texto Anterior: Análise Caso Battisti: Se Lula quisesse, extradição seria legal Próximo Texto: Festa da posse terá café, suco e pão de queijo Índice | Comunicar Erros |
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