São Paulo, quarta-feira, 01 de junho de 2011

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É impossível proteger todos, diz ministra

DE BRASÍLIA

Para responder às quatro mortes de trabalhadores rurais na última semana na Amazônia, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos vai definir uma lista prioritária de pessoas ameaçadas por conflitos no campo que receberão proteção federal.
A ministra Maria do Rosário disse que é impossível para o governo proteger cada um dos ameaçados, pois não há policiais para escoltar todos eles.
A escolha será feita com base em uma relação de nomes entregue ao governo pela CPT (Comissão Pastoral da Terra), braço agrário da Igreja Católica.
Nela, há 207 casos considerados graves (pessoas que foram ameaçadas mais de uma vez), dentre os quais 30 são urgentes, pois chegaram a sofrer atentados, mas sobreviveram. Mais de um terço desses últimos (12) está no Pará, recordista histórico em violência no campo.
Segundo Maria do Rosário, em alguns casos os ameaçados podem ser convidados a se mudar da região em que estão hoje.
O advogado da CPT, José Batista, criticou a lentidão do governo federal em agir e disse que as mortes da semana passada são resultado de problemas estruturais amazônicos, como impunidade, concentração de terra e ausência estatal.
Na semana que vem, a Câmara dos Deputados realizará uma Comissão Geral para discutir as mortes.
A ideia, explicou o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), é chamar especialistas que apresentem alternativas para conter os assassinatos.


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