São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2010

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Petista afirma que câmbio "enterrou" a sua empresa

DE BRASÍLIA

A candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) disse ontem que sua experiência como microempresária foi enterrada pela "variação cambial" da década de 90.
Segundo Dilma, a empresa -criada para vender bugigangas importadas- quebrou por causa da disparada do dólar e por envolver apenas capital próprio.
"Principalmente entre planos econômicos, quando o dólar está 1 por 1 e ele passa para 2 ou 3 por 1, ele [o microempresário] quebra. [...] A minha experiência é essa, de muitos microempresários nesse país", disse a candidata para justificar o curto período de funcionamento de sua empresa.
"Naquela época, a variação cambial teve muito efeito e também da própria dificuldade que você faz tudo com capital próprio", disse.
A explicação, porém, não coincide com a cotação do dólar, segundo o Banco Central, quando a empresa começou e fechou: R$ 0,85 em 1º de março de 1995 e R$ 1,01 em 30 de julho de 1996 -aumento de 19% na cotação do dólar frente ao real.
O dólar só disparou em fevereiro de 1999, quando ultrapassou a barreira dos R$ 2 pela primeira vez.
Procurada na tarde de ontem, a assessoria de Dilma não respondeu até o encerramento da edição.
Por 17 meses, Dilma foi sócia-gerente da Pão & Circo, empresa que importava bugigangas do Panamá e revendia principalmente a lojistas de Porto Alegre.
Dilma só falou ontem sobre essa experiência, após matéria da Folha do último fim de semana ter revelado o fato. "É por isso que sou sensível [à questão do microempresário]", disse.


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