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Petista afirma que câmbio "enterrou" a sua empresa
DE BRASÍLIA
A candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) disse ontem que sua experiência como microempresária
foi enterrada pela "variação
cambial" da década de 90.
Segundo Dilma, a empresa -criada para vender bugigangas importadas- quebrou por causa da disparada do dólar e por envolver
apenas capital próprio.
"Principalmente entre
planos econômicos, quando o dólar está 1 por 1 e ele
passa para 2 ou 3 por 1, ele [o
microempresário] quebra.
[...] A minha experiência é
essa, de muitos microempresários nesse país", disse
a candidata para justificar o
curto período de funcionamento de sua empresa.
"Naquela época, a variação cambial teve muito efeito e também da própria dificuldade que você faz tudo
com capital próprio", disse.
A explicação, porém, não
coincide com a cotação do
dólar, segundo o Banco
Central, quando a empresa
começou e fechou: R$ 0,85
em 1º de março de 1995 e R$
1,01 em 30 de julho de 1996
-aumento de 19% na cotação do dólar frente ao real.
O dólar só disparou em
fevereiro de 1999, quando
ultrapassou a barreira dos
R$ 2 pela primeira vez.
Procurada na tarde de
ontem, a assessoria de Dilma não respondeu até o encerramento da edição.
Por 17 meses, Dilma foi
sócia-gerente da Pão & Circo, empresa que importava
bugigangas do Panamá e
revendia principalmente a
lojistas de Porto Alegre.
Dilma só falou ontem sobre essa experiência, após
matéria da Folha do último
fim de semana ter revelado
o fato. "É por isso que sou
sensível [à questão do microempresário]", disse.
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