Presidente eleita e Obama conversam por telefone, iraniano enviou nota pública

RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
ANDRÉ LOBATO
DE SÃO PAULO

Um dia após conquistar a Presidência, Dilma Rousseff, dedicou boa parte de sua agenda para trocar telefonemas com chefes de Estado que a parabenizaram pela vitória. A ligação mais longa foi com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
A petista conversou ainda com Nicolas Sarkozy (França), além de outros líderes europeus e da América Latina como José Sócrates (Portugal), Hugo Chávez (Venezuela) e Cristina Kirschner (Argentina). Outros enviaram notas oficiais.
O tom das declarações dos líderes mundiais para a candidata tratam da continuidade do governo Lula, da intenção de ampliar as relações bilaterais, do fato dela ser mulher e de esquerda.
Rússia, Colômbia, Espanha e Cuba, por exemplo, enfatizaram a relação bilateral.
Outros, principalmente os aliados na política de integração da América Latina, enfatizaram a continuidade do projeto de Lula, entre eles, Fernando Lugo (Paraguai), José Mujica (Uruguai) e Hugo Chávez (Venezuela).
Cristina Kirschner, e o Fundo da ONU para o Desenvolvimento da Mulher, citaram mais explicitamente o fato de Dilma ser mulher.
Os socialistas franceses e a Internacional Socialista também a parabenizaram.

ESTADOS UNIDOS
Barack Obama propôs a "continuidade da cooperação". "Ele elogiou a política internacional do presidente Lula e disse a ela que quer continuar a cooperação em várias áreas", disse o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Em nota, a Casa Branca disse que Obama citou o "excelente relacionamento" entre os países e o compromisso dele de "aprofundar a cooperação" com o Brasil.
Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, citou em nota que, sob Dilma, as relações entre os países "continuarão se aprofundando".
Dilma contou um interprete do governo nos telefonemas. Na próxima semana Dilma tem viagem, com Lula, para reunião do G-20 em Seul, Coreia do Sul.


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