São Paulo, terça-feira, 02 de novembro de 2010

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Largada para 2014 tem Marina e Aécio como rivais de Dilma ou Lula

Candidatura da petista à reeleição depende de avaliação do governo e de planos do atual presidente

No PSDB, a primeira batalha entre Aécio e Serra será pelo comando da sigla, cobiçado pelo senador eleito por MG

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Fora de todas as bolsas de apostas há quatro anos, a chegada de Dilma Rousseff (PT) à Presidência projeta um cenário de incertezas para a próxima sucessão, em 2014.
Do lado governista, as previsões dependerão do desempenho de Dilma, que poderá concorrer à reeleição, e dos planos do presidente Lula, que não deixa claro se pensa em voltar ao poder.
Na oposição, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) desponta como favorito a encabeçar a chapa, mas pode enfrentar a concorrência dos tucanos paulistas Geraldo Alckmin e José Serra.
Correndo por fora, a senadora Marina Silva (PV-AC) tem o desafio de se consolidar como terceira via e construir uma candidatura com viabilidade nas urnas.
Se o governo Dilma for bem avaliado, a tendência é que ela dispute um segundo mandato -como fizeram, com sucesso, Lula e Fernando Henrique Cardoso.
A incógnita é o presidente Lula, que tem dado declarações contraditórias sobre suas aspirações futuras.
Em junho, por exemplo, ele disse "não descartar" uma nova candidatura. Ao votar, domingo, desconversou: "Não sei se estarei vivo em 2014. Depois dos 65 anos, não posso ficar fazendo prognóstico para muito tempo, mas não tenho vontade."
Na hipótese de o governo fracassar e Dilma e Lula não concorrerem pelo PT, partidos aliados tentarão emplacar opções como o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
No front tucano, o primeiro capítulo da sucessão será a disputa pelo comando do PSDB, cobiçado por Aécio.
Ele sai na frente após receber 7,5 milhões de votos para o Senado e reeleger Antonio Anastasia para o governo de Minas Gerais.
No entanto, o mau desempenho de Serra no Estado pode atrapalhar seus planos com a atual cúpula tucana. Anteontem, Serra deixou em suspenso a possibilidade de concorrer de novo, ao dizer que a derrota "não é um adeus, mas um até logo".


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