São Paulo, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011

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Líderes tucanos disputam tempo na TV

Programa do partido, exibido ontem em rede nacional, teve de ser revisado para incluir políticos de outros Estados

Primeira versão foi considerada "paulista demais" e provocou cortes nas aparições de Serra, Alckmin e FHC

CATIA SEABRA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Em pé de guerra pelo comando do partido, líderes tucanos disputaram cada segundo do programa que o partido levou ao ar ontem.
Sob o argumento de que estava "paulistanizado", a peça passou por duas revisões, a última delas na noite de quarta-feira, menos de 24 horas antes de sua exibição.
Para contemplar outros Estados, houve corte nas aparições do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do ex-governador José Serra.
Na parte dedicada à administração paulista, Serra apareceu por quatro vezes, em flashes de um segundo. Em duas ocasiões, estava ao lado de Alckmin. Mário Covas também foi mostrado.
A participação do mineiro Aécio Neves -aliado do presidente do partido, Sérgio Guerra (PE)- aumentou. Foram incluídas falas dos líderes da sigla no Senado, Álvaro Dias (PR), e Câmara, Duarte Nogueira (SP).
"Foram uns três segundos a mais para o Aécio. Todo o esforço foi para evitar problemas", minimizou Guerra.
A participação de FHC, que abriu a rodada de políticos do programa, de dez minutos de duração, foi reduzida em 20 segundos. Ainda assim, ele dominou os cinco primeiros minutos do vídeo, retomando temas da campanha eleitoral do ano passado com uma dose de autocrítica.
"É preciso dar uma chacoalhada nos partidos, começando pelo meu. Precisamos estar mais próximos do povo, com menos pompa, coisas mais diretas", disse.
FHC criticou seu sucessor. Disse que Lula foi complacente com a corrupção" e se aliou a setores "atrasados".
Admitiu que "o Brasil mudou". "Isso não começou no governo do Lula, mas ele acentuou", ressaltou.
Sem citar a presidente Dilma Rousseff, o tucano falou sobre as mulheres na política. Disse que o país avançou porque teve "duas candidatas" à Presidência, mas não citou a vitória da petista.
Depois do ex-presidente, Geraldo Alckmin surgiu na propaganda para falar por 17 segundos em nome dos oito governadores do PSDB.
O primeiro (ex) governador a ser apresentado foi o hoje senador Aécio Neves.
Ele surgiu em close e dominou 9 dos 13 segundos dedicados à administração do PSDB em Minas. Nos quatro segundos finais, apareceu ao lado de Antonio Anastasia.
Teotonio Vilela (Alagoas) e Beto Richa (Paraná) apareceram por nove segundos. Marconi Perillo (Goiás), por sete. Simão Jatene (Pará), Siqueira Campos (Tocantins) e Anchieta Júnior (Roraima) tiveram oito segundos.
São Paulo ganhou oito segundos no final, nos quais foram mostrados Serra, Alckmin e Covas.


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