São Paulo, quinta-feira, 05 de maio de 2011

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Participação de importados cresce e chega a 1/5 do consumo nacional

Taxa é baixa se comparada a padrões internacionais, diz Funcex

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

O consumo de itens estrangeiros no Brasil cresceu mais do que a compra de produtos nacionais no ano passado, o que provocou o aumento da participação dos importados na economia.
Segundo a Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior), a fatia dos importados no consumo brasileiro subiu para 20,3% em 2010, após recuar para 17% em 2009, ano da crise mundial. Em 2003, a taxa era bem menor (12,4%).
A forte demanda doméstica e o real valorizado explicam a alta das importações.
Apesar de alguns empresários e economistas considerarem que o consumo maior de importados pode causar a desindustrialização do país, o economista-chefe da Funcex, Fernando Ribeiro, não vê esse risco.
Ele observa que, embora alguns setores enfrentem concorrência mais dura, a produção industrial brasileira tem crescido.
Segundo Ribeiro, o consumo de itens estrangeiros no Brasil é baixo para padrões globais. O economista destaca ainda que a importação de insumos baratos é positiva, pois aumenta a competitividade da indústria.
"O importado está ocupando um espaço que já deveria ter ocupado há muito tempo na economia. O crescimento da importação só preocupa se continuar alto por muito tempo, o que não deve ocorrer", disse Ribeiro.
Entre os setores em que houve aumento mais forte do consumo de importados no ano passado estão veículos, eletrônicos, equipamentos elétricos e produtos têxteis, aponta a Funcex.

EXPORTAÇÕES
Segundo a instituição, as exportações responderam por 17,9% do faturamento das empresas nacionais em 2010, mesma taxa de 2009. Esse percentual vinha caindo desde 2006, quando era de 20,2%, recorde histórico.
O faturamento com exportações caiu em praticamente todos os setores industriais nos últimos cinco anos.


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