|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Participação de importados cresce e chega a 1/5 do consumo nacional
Taxa é baixa se comparada a padrões internacionais, diz Funcex
MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO
O consumo de itens estrangeiros no Brasil cresceu
mais do que a compra de produtos nacionais no ano passado, o que provocou o aumento da participação dos
importados na economia.
Segundo a Funcex (Fundação Centro de Estudos do
Comércio Exterior), a fatia
dos importados no consumo
brasileiro subiu para 20,3%
em 2010, após recuar para
17% em 2009, ano da crise
mundial. Em 2003, a taxa era
bem menor (12,4%).
A forte demanda doméstica e o real valorizado explicam a alta das importações.
Apesar de alguns empresários e economistas considerarem que o consumo
maior de importados pode
causar a desindustrialização
do país, o economista-chefe
da Funcex, Fernando Ribeiro, não vê esse risco.
Ele observa que, embora
alguns setores enfrentem
concorrência mais dura, a
produção industrial brasileira tem crescido.
Segundo Ribeiro, o consumo de itens estrangeiros no
Brasil é baixo para padrões
globais. O economista destaca ainda que a importação de
insumos baratos é positiva,
pois aumenta a competitividade da indústria.
"O importado está ocupando um espaço que já deveria ter ocupado há muito
tempo na economia. O crescimento da importação só
preocupa se continuar alto
por muito tempo, o que não
deve ocorrer", disse Ribeiro.
Entre os setores em que
houve aumento mais forte do
consumo de importados no
ano passado estão veículos,
eletrônicos, equipamentos
elétricos e produtos têxteis,
aponta a Funcex.
EXPORTAÇÕES
Segundo a instituição, as
exportações responderam
por 17,9% do faturamento
das empresas nacionais em
2010, mesma taxa de 2009.
Esse percentual vinha caindo desde 2006, quando era
de 20,2%, recorde histórico.
O faturamento com exportações caiu em praticamente
todos os setores industriais
nos últimos cinco anos.
Texto Anterior: Saldo da entrada de dólares no país despenca em abril Próximo Texto: Petróleo pressiona setores da indústria Índice | Comunicar Erros
|