São Paulo, sexta-feira, 06 de agosto de 2010

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Aliado nacional do PT, PMDB divide apoio nos Estados

Legenda firmou alianças regionais com 706 candidatos contra Dilma e 709 a favor dela

FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA

O principal aliado da petista Dilma Rousseff na eleição presidencial está oficialmente dividido entre o PT e a oposição nos Estados.
São 709 candidatos nas coligações em que PT e PMDB estão juntos e 706 nas chapas que o PMDB faz aliança com pelo menos uma legenda contrária à eleição de Dilma (PSDB, DEM, PPS e PV).
Nem o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, como vice de Dilma motivou o partido a reproduzir a aliança nacional e deixar de lado questões locais.
Formalmente, os aliados nacionais estão juntos em chapas que somam dez candidatos a governador e 21 a senador. O mesmo número de candidatos nas coligações que o PMDB mantém com PSDB, DEM, PPS ou PV.
Nas coligações para deputados estaduais, porém, peemedebistas e oposicionistas juntos têm mais candidatos que as alianças do PMDB com PT: 441 contra 330.
Somente na briga pelo cargo de deputado federal é que a dobradinha entre PT e PMDB tem mais candidatos que a aliança entre PMDB e oposição. São 348 nomes de chapas compostas pelas legendas de Dilma e Temer e 234 candidatos do PMDB coligados com adversários.

ESTADOS
Em São Paulo, por exemplo, o candidato ao governo Geraldo Alckmin (PDSB) e Orestes Quércia (PMDB), que pleiteia uma vaga ao Senado, estão juntos contra o PT.
Também contra Dilma e a favor de candidatura presidencial de José Serra (PSDB) está Jarbas Vasconcelos (PMDB), que disputa o governo em Pernambuco com PSDB, DEM e PPS.
"Minha aliança aqui é complemente diferente porque o PMDB não tem uma liderança nacional. São os líderes regionais que determinam as coligações", justifica.
Em Roraima, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), é candidato à reeleição numa coligação com PSDB, DEM e PPS.
No Rio Grande do Norte, o peemedebista Garibaldi Alves pede votos para Dilma e para a candidata ao governo do DEM, Rosalba Ciarlini. Mas, oficialmente, ele é coligado com o PV.
"Adoraria que não fosse assim, mas não podemos brigar com a realidade. A lógica nacional é muito diferente da dos Estados, onde as diferenças históricas pesam mais que o contexto político atual", avalia o presidente do PT, José Eduardo Dutra, que forçou petistas a apoiarem o PMDB de Roseana Sarney no Maranhão e, assim, se coligar também com o DEM.
Para o presidente do PSDB e coordenador da campanha de Serra, Sérgio Guerra, a divisão do PMDB nas eleições presidenciais é histórica e, dessa vez, ajuda o tucano.
"A unidade do PMDB se dá no Parlamento e não nos Estados", disse.
Procurado por meio de sua assessoria, Temer não comentou as divisões regionais de sua legenda.


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