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Aliado nacional do PT, PMDB divide apoio nos Estados
Legenda firmou alianças regionais com 706 candidatos contra Dilma e 709 a favor dela
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA
O principal aliado da petista Dilma Rousseff na eleição
presidencial está oficialmente dividido entre o PT e a oposição nos Estados.
São 709 candidatos nas coligações em que PT e PMDB
estão juntos e 706 nas chapas
que o PMDB faz aliança com
pelo menos uma legenda
contrária à eleição de Dilma
(PSDB, DEM, PPS e PV).
Nem o presidente nacional
do PMDB, Michel Temer, como vice de Dilma motivou o
partido a reproduzir a aliança nacional e deixar de lado
questões locais.
Formalmente, os aliados
nacionais estão juntos em
chapas que somam dez candidatos a governador e 21 a
senador. O mesmo número
de candidatos nas coligações
que o PMDB mantém com
PSDB, DEM, PPS ou PV.
Nas coligações para deputados estaduais, porém, peemedebistas e oposicionistas
juntos têm mais candidatos
que as alianças do PMDB
com PT: 441 contra 330.
Somente na briga pelo cargo de deputado federal é que
a dobradinha entre PT e
PMDB tem mais candidatos
que a aliança entre PMDB e
oposição. São 348 nomes de
chapas compostas pelas legendas de Dilma e Temer e
234 candidatos do PMDB coligados com adversários.
ESTADOS
Em São Paulo, por exemplo, o candidato ao governo
Geraldo Alckmin (PDSB) e
Orestes Quércia (PMDB), que
pleiteia uma vaga ao Senado,
estão juntos contra o PT.
Também contra Dilma e a
favor de candidatura presidencial de José Serra (PSDB)
está Jarbas Vasconcelos
(PMDB), que disputa o governo em Pernambuco com
PSDB, DEM e PPS.
"Minha aliança aqui é
complemente diferente porque o PMDB não tem uma liderança nacional. São os líderes regionais que determinam as coligações", justifica.
Em Roraima, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), é candidato à reeleição numa coligação com
PSDB, DEM e PPS.
No Rio Grande do Norte, o
peemedebista Garibaldi Alves pede votos para Dilma e
para a candidata ao governo
do DEM, Rosalba Ciarlini.
Mas, oficialmente, ele é coligado com o PV.
"Adoraria que não fosse
assim, mas não podemos brigar com a realidade. A lógica
nacional é muito diferente da
dos Estados, onde as diferenças históricas pesam mais
que o contexto político
atual", avalia o presidente do
PT, José Eduardo Dutra, que
forçou petistas a apoiarem o
PMDB de Roseana Sarney no
Maranhão e, assim, se coligar também com o DEM.
Para o presidente do PSDB
e coordenador da campanha
de Serra, Sérgio Guerra, a divisão do PMDB nas eleições
presidenciais é histórica e,
dessa vez, ajuda o tucano.
"A unidade do PMDB se dá
no Parlamento e não nos Estados", disse.
Procurado por meio de sua
assessoria, Temer não comentou as divisões regionais
de sua legenda.
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