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PF prende 7 no RN sob acusação de desviar
R$ 2 mi de obra do PAC
Entre os detidos está o superintendente do Dnit, Gledson Maia, que nega participação
DANILO SÁ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE NATAL
A Operação Via Ápia, da
Polícia Federal, prendeu ontem no Rio Grande do Norte
sete pessoas sob acusação de
integrar um esquema que teria desviado pelo menos R$ 2
milhões das obras de duplicação da BR-101 no Estado.
O trecho, de cerca de 60
km, faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal.
Entre os detidos estão o superintendente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes),
Fernando Rocha, e o diretor-adjunto do órgão, o engenheiro Gledson Maia, sobrinho do deputado federal reeleito João Maia (PR-RN) e do
deputado distrital eleito Agaciel Maia (PTC-DF).
Maia foi o primeiro a ser
preso, anteontem. O engenheiro almoçava em um restaurante de Natal com um
empresário, também preso.
A prisão, em flagrante, foi no
momento em que, segundo a
PF, ele recebia R$ 50 mil de
propina. Seu advogado nega.
Os demais presos são funcionários do Dnit e representantes de um consórcio contratado pelo órgão para a
execução de obras no Estado.
Segundo a PF, os presos
podem responder por peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, formação de
quadrilha e por violação a lei
das licitações. A pena pode
chegar a 12 anos de reclusão.
Segundo o superintendente da PF no RN, Marcelo Mosele, o esquema superfaturava e desviava recursos de
obras públicas, além de realizar pagamento indevido em
projetos de infraestrutura rodoviária que deveriam ser
feitos pelo Dnit.
Mosele disse que a propina
paga a Maia em flagrante não
tem relação com os crimes investigados pela operação.
O advogado de defesa de
Maia, Caio Vítor Ribeiro, negou envolvimento do engenheiro no esquema. "Acho
que houve uma fatalidade,
uma falta de sorte", disse.
O advogado afirmou que
Maia não recebeu R$ 50 mil
de propina. O dinheiro seria
do empresário que almoçava
com o diretor do Dnit no momento da prisão. A quantia
seria utilizada para quitar dívidas dessa empresa no RN.
A reportagem não conseguiu falar com a defesa de
Fernando Rocha.
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