São Paulo, quarta-feira, 07 de julho de 2010

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FOCO

Ansiosos, candidatos invadem Twitter e incomodam eleitores

ALEC DUARTE
EDITOR-ADJUNTO DE PODER
UIRÁ MACHADO
DE SÃO PAULO

Sem sutileza, a campanha eleitoral ganhou na madrugada de ontem, assim que permitida por lei, computadores e celulares do país.
No Twitter, pouco após a meia-noite, já havia um sem-número de pedidos de voto, o que causou irritação em alguns usuários da rede.
Para Alessandra Aldé, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a velocidade com que os candidatos se manifestaram no Twitter é uma espécie de comemoração. "Eles estavam esperando por esse momento. Deve ter sido um alívio se manifestar oficialmente."
Segundo Aldé, é difícil mensurar os efeitos, positivos ou negativos, da campanha em redes sociais.
Mas ela lembra que "os candidatos que forem invasivos, quebrando a "netiqueta", podem perder eleitores. Os que souberem usar a ferramenta podem ampliar os efeitos da campanha.
Alex Primo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, afirma que "tem muito político achando que basta criar um perfil no Twitter para que a campanha se multiplique automaticamente." Para ele, campanhas assim estão fadadas ao insucesso. "Todas as ferramentas da internet precisam ser pensadas de forma global", afirma.
Fora do microblog a campanha começou com poucas novidades. O site da petista Dilma Rousseff nem sequer ganhou nova roupagem.
No caso do tucano José Serra, foi pior: a página Mobiliza tinha conteúdo desatualizado (como um vídeo no qual o candidato comenta a estreia do Brasil na Copa).
O site de Marina Silva ganhou um ícone para doações -mas devido a restrições da legislação, essa opção ainda está indisponível.


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