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FOCO
Ansiosos, candidatos invadem Twitter e incomodam eleitores
ALEC DUARTE
EDITOR-ADJUNTO DE PODER
UIRÁ MACHADO
DE SÃO PAULO
Sem sutileza, a campanha
eleitoral ganhou na madrugada de ontem, assim que
permitida por lei, computadores e celulares do país.
No Twitter, pouco após a
meia-noite, já havia um sem-número de pedidos de voto, o
que causou irritação em alguns usuários da rede.
Para Alessandra Aldé, professora da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro, a
velocidade com que os candidatos se manifestaram no
Twitter é uma espécie de comemoração. "Eles estavam
esperando por esse momento. Deve ter sido um alívio se
manifestar oficialmente."
Segundo Aldé, é difícil
mensurar os efeitos, positivos ou negativos, da campanha em redes sociais.
Mas ela lembra que "os
candidatos que forem invasivos, quebrando a "netiqueta", podem perder eleitores.
Os que souberem usar a ferramenta podem ampliar os
efeitos da campanha.
Alex Primo, da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, afirma que "tem muito político achando que basta
criar um perfil no Twitter para que a campanha se multiplique automaticamente."
Para ele, campanhas assim
estão fadadas ao insucesso.
"Todas as ferramentas da internet precisam ser pensadas
de forma global", afirma.
Fora do microblog a campanha começou com poucas
novidades. O site da petista
Dilma Rousseff nem sequer
ganhou nova roupagem.
No caso do tucano José
Serra, foi pior: a página Mobiliza tinha conteúdo desatualizado (como um vídeo no
qual o candidato comenta a
estreia do Brasil na Copa).
O site de Marina Silva ganhou um ícone para doações
-mas devido a restrições da
legislação, essa opção ainda
está indisponível.
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