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Novo programa de Dilma retira teses polêmicas
MÁRCIO FALCÃO
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
Após prever em sua primeira edição controle social
da mídia, taxação de grandes fortunas e redução da
jornada de trabalho, o repaginado programa de governo da candidata do PT, Dilma Rousseff, traz propostas
genéricas, como o fortalecimento da "democracia política, econômica e social".
Esse é o primeiro dos 13
pontos que o PT e a aliança
dilmista optaram para a terceira versão da proposta,
que será discutida hoje em
reunião em Brasília.
O texto "13 compromissos de Dilma com o Brasil"
traz pontos genéricos para
preservar a candidata nos
embates com os adversários
e evitar qualquer crítica de
que um eventual governo
Dilma terá propostas das
alas mais radicais do PT.
Os pontos foram apresentados na semana passada
aos aliados e ainda podem
sofrer ajustes. Também integram o texto ideias que estão sendo apresentadas por
Dilma ao longo da campanha, como: erradicar a pobreza absoluta e reduzir as
desigualdades sociais; fortalecer o SUS (Sistema Único de Saúde) e garantir o desenvolvimento sustentável.
Os pontos ainda serão detalhados pelo grupo coordenado pelo assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Segundo o presidente do
PT, José Eduardo Dutra,
ainda não foi definido se o
programa será apresentado
formalmente em um evento
ou se a candidata lançará
ao longo da campanha suas
promessas. "Ainda estamos
definindo essas questões. O
programa está sendo fechado e traz as propostas dos
aliados. É um programa de
consenso", disse.
A campanha definiu que
temas "não consensuais"
serão submetidos ao Congresso depois da eleição.
A campanha de Dilma foi
alvo de críticas dos aliados e
dos adversários depois que
o PT protocolou na Justiça
Eleitoral um programa com
propostas radicais, como a
audiência prévia para reintegração de áreas invadidas
por sem-terra. Cinco horas
depois o texto foi trocado, e
o partido atribuiu a proposta a um erro burocrático.
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