São Paulo, terça-feira, 10 de agosto de 2010

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Novo programa de Dilma retira teses polêmicas

MÁRCIO FALCÃO
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA

Após prever em sua primeira edição controle social da mídia, taxação de grandes fortunas e redução da jornada de trabalho, o repaginado programa de governo da candidata do PT, Dilma Rousseff, traz propostas genéricas, como o fortalecimento da "democracia política, econômica e social".
Esse é o primeiro dos 13 pontos que o PT e a aliança dilmista optaram para a terceira versão da proposta, que será discutida hoje em reunião em Brasília.
O texto "13 compromissos de Dilma com o Brasil" traz pontos genéricos para preservar a candidata nos embates com os adversários e evitar qualquer crítica de que um eventual governo Dilma terá propostas das alas mais radicais do PT.
Os pontos foram apresentados na semana passada aos aliados e ainda podem sofrer ajustes. Também integram o texto ideias que estão sendo apresentadas por Dilma ao longo da campanha, como: erradicar a pobreza absoluta e reduzir as desigualdades sociais; fortalecer o SUS (Sistema Único de Saúde) e garantir o desenvolvimento sustentável.
Os pontos ainda serão detalhados pelo grupo coordenado pelo assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
Segundo o presidente do PT, José Eduardo Dutra, ainda não foi definido se o programa será apresentado formalmente em um evento ou se a candidata lançará ao longo da campanha suas promessas. "Ainda estamos definindo essas questões. O programa está sendo fechado e traz as propostas dos aliados. É um programa de consenso", disse.
A campanha definiu que temas "não consensuais" serão submetidos ao Congresso depois da eleição.
A campanha de Dilma foi alvo de críticas dos aliados e dos adversários depois que o PT protocolou na Justiça Eleitoral um programa com propostas radicais, como a audiência prévia para reintegração de áreas invadidas por sem-terra. Cinco horas depois o texto foi trocado, e o partido atribuiu a proposta a um erro burocrático.


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