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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
"Dilma é mais fraca que PT", diz Serra
Para candidato, numa eventual vitória da sua adversária, quem governaria seria "o PT com suas contradições'
Em nova crítica a Dilma, tucano afirma não haver "perigo de assinar sem ler. Sou cricri. Sempre escrevi meus textos"
Alexandre Guzanshe/Fotoarena
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Os tucanos Aécio Neves, Antônio Anastasia, governador de Minas, e José Serra, durante evento ontem em Belo Horizonte
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
O candidato do PSDB à
Presidência, José Serra, afirmou ontem que sua adversária petista Dilma Rousseff é
"mais fraca do que o PT" e
que, numa eventual vitória
dela, quem daria as cartas no
governo federal seria "o PT
com suas contradições".
"Lula é mais forte do que o
PT. Dilma é mais fraca do que
o PT. Se ela ganhasse, quem
iria estar por cima era o PT,
com todas aquelas contradições, todas aquelas dificuldades que sempre enfraquecem um presidente", disse.
"O Lula foi fundador [do
PT], é um homem mais forte.
No caso [da Dilma], ela é
mais fraca", afirmou. "Mas a
opção brasileira não vai ser
essa, com toda a franqueza e
modéstia, se me permite."
A declaração de Serra foi
dada durante gravação, em
Belo Horizonte, para a rádio
Itatiaia. A entrevista deve ir
ao ar na manhã de hoje.
Segundo Serra, Lula não
conseguiria influir num
eventual governo de Dilma.
"Ninguém consegue terceirizar mandato executivo."
Serra foi a Belo Horizonte
para caminhar no distrito de
Venda Nova com o ex-governador Aécio Neves, que disputa o Senado, e o governador Antonio Anastasia, candidato à reeleição.
Serra voltou a criticar Dilma por ela ter rubricado seu
próprio programa de governo sem ler e alterado depois
por conter pontos polêmicos.
Pelo Twitter, escreveu: "Não
há perigo de eu assinar sem
ler. Sou cricri. Sempre escrevi
meus textos. Viro madrugada escrevendo e lendo".
SÃO PAULO
Incomodado com a criação de pauta negativa para a
campanha, Serra evitou ontem uma reunião com os presidentes estaduais de seu
partido para mapeamento
dos problemas de palanques.
Por isso foi a Minas, apesar
de convidado pela coordenadora de agenda, a senadora
Marisa Serrano (MS), a participar da reunião. Ele já tinha
reclamado a interlocutores
do risco de convocação de
reuniões destinadas à avaliação da campanha.
Ontem, por exemplo, veio
à tona a fragilidade de palanques em três Estados: Rio,
Paraíba e Amazonas.
Na abertura da reunião, o
presidente do PSDB, Sérgio
Guerra, anunciou que, nos
três, será criado um comitê
exclusivamente para Serra. O
presidente do PSDB-RJ, José
Camilo, o Zito, deixou a reunião admitindo que o Estado
é alvo de preocupação.
Apesar dos pontos de fragilidade expostos e dos pedidos de antecipação do material de campanha, se Serra tivesse ido à reunião, teria ouvido uma avaliação positiva
de sua situação.
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