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Governador do AP queria embolsar US$ 10 mi, diz PF
Acusado de vários crimes, Pedro Paulo Dias está detido temporariamente
Dinheiro da suposta propina era resultado de negociação do político com grupo que quer investir no Brasil
Erich Macias/"A Gazeta"
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O ex-governador do Amapá Waldez Goes, cuja prisão temporária foi prorrogada ontem
DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA
O governador do Amapá
Pedro Paulo Dias (PP) pretendia ficar com pelo menos
US$ 10 milhões que uma empresa doaria para sua campanha. A informação, obtida
pela Polícia Federal em 2009,
consta do inquérito da Operação Mãos Limpas.
Dias e mais 17 pessoas foram presas temporariamente
na sexta suspeitas de vários
crimes, entre eles corrupção.
O dinheiro que o governador Dias negociava viria do
grupo Salim, da Indonésia,
que tem a intenção de investir no Brasil, segundo a PF.
Em novembro do ano passado, quando ainda era secretário de Saúde e vice-governador, Dias foi para o país
asiático e de lá conversou
com uma de suas assessoras,
Lívia Gato de Mello. Ele revelou que a intenção era conseguir US$ 30 milhões para sua
campanha deste ano.
Nas conversas com a assessora, Dias diz que o valor
seria baixo para o grupo que
pretende adquirir terras no
Brasil para negócios na área
de alimentação. No diálogo,
Dias diz que gastaria US$ 20
milhões em sua campanha,
revelando a intenção de ficar
com o restante.
A Folha ligou para a advogada do governador, Patrícia
Aguiar, que não respondeu.
PRISÃO
O ministro do Superior Tribunal de Justiça João Otávio
de Noronha determinou ontem que Dias continue preso
na sede da PF, em Brasília,
onde está desde sexta-feira.
Além dele, foram mantidas as prisões do ex-governador Waldez Goes (PDT) e o
presidente do Tribunal de
Contas do Estado, José Julio
de Miranda, do secretário de
Segurança Pública, Aldo Alves Ferreira, da mulher do
ex-governador, Marília Goes,
e do empresário Alexandre
Albuquerque.
O ministro Joaquim Barbosa, do STF (Supremo Tribunal Federal), já havia negado
a revogação da prisão feito
pelos advogados de Goes.
A PF encontrou ontem CDs
escondidos durante blitz na
secretaria de estadual Planejamento, um dos alvos da
operação policial.
IMPEACHMENT
O presidente da Assembleia Legislativa do Amapá e
candidato ao governo estadual, Jorge Amanajás
(PSDB), encaminhará a uma
comissão especial o pedido
de impeachment Dias.
Seguindo o rito comum, a
comissão ouvirá preliminarmente a defesa e fará um parecer sobre o afastamento ou
não de Dias, que está detido
em Brasília.
Colaborou JOÃO CARLOS MAGALHÃES, enviado a Macapá
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