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ANÁLISE
Texto da Casa Civil já é peça simbólica da radicalização do final da campanha
VERA MAGALHÃES
EDITORA DE PODER
A nota oficial da Casa Civil,
com o brasão da Presidência
da República, que mistura a
defesa institucional de uma
ministra de Estado e uma não
disfarçada partidarização
eleitoral, tem tudo para se
tornar uma peça simbólica
da radicalização política da
reta final da campanha.
De um lado, a oposição
usa os dois escândalos recentes -a quebra de sigilo de várias pessoas ligadas ao PSDB
e as acusações de que um dos
filhos da titular da Casa Civil
intermediava interesses de
empresas no governo- para
tentar reverter a vantagem de
Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de votos.
De outro, Lula deu a senha, em seu depoimento na
campanha de Dilma, para a
tentativa de petistas e autoridades de tentar reduzir todas
as denúncias de irregularidades a um suposto complô entre a imprensa e a oposição.
Não é por acaso que José
Dirceu, se sentindo à vontade no ambiente de uma palestra para sindicalistas na
Bahia, diz que existe "excesso de liberdade" de imprensa
no Brasil. O ex-ministro pode
até negar as declarações -divulgada pelo próprio PT-,
mas esta é uma fala recorrente para quem já conversou ao
menos uma vez com o ex-chefe da Casa Civil de Lula.
O próprio presidente não
perde uma chance, nas últimas semanas, de contrapor
sua imensa popularidade ao
que chama de "formadores
de opinião", criando um ambiente de acirramento institucional que chega ao ápice a
20 dias das eleições.
Ao blindar Erenice no mesmo texto em que chama José
Serra de "aético" e "derrotado", é o governo -e não a imprensa- que está associando as acusações de lobby na
Casa Civil à campanha do PT
e ao gabinete de Lula.
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