São Paulo, quarta-feira, 15 de setembro de 2010

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Em alta, Lindberg já tem dívida de R$ 1,5 milhão

Mesmo sendo líder em arrecadação, débitos do petista superam receita

Segundo assessoria do candidato ao Senado, dívida será sanada até fim da campanha; ele está em 2º na disputa


ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Subindo nas pesquisas de intenção de voto, o candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro Lindberg Farias (PT) já contraiu R$ 1,5 milhão em dívidas de campanha, mesmo sendo o que mais arrecadou na disputa.
Na segunda prestação de contas parcial enviada ao Tribunal Superior Eleitoral, o ex-prefeito de Nova Iguaçu declarou ter gasto R$ 5,6 milhões em dois meses de campanha, contra uma arrecadação de R$ 4,1 milhões.
Ao mais que quintuplicar a arrecadação do primeiro mês, o petista saiu da terceira colocação do ranking de receita entre os postulantes ao Senado no Estado para a liderança. Tornou-se também o que mais gastou.
A assessoria de imprensa do candidato afirmou que o descompasso entre arrecadação e gasto será sanado até o fim da campanha. Disse também existir planejamento para o fluxo de caixa.
Lindberg já teve problemas com débitos de campanha. Ele teve os bens bloqueados há quatro anos após denúncia do Ministério Público que apontou irregularidades na contratação da agência Supernova Mídia -com quem havia contraído dívidas na campanha de 2004-, para elaborar peças publicitárias de sua gestão.
A prefeitura afirmou à época que a agência havia vencido a licitação. O caso foi arquivado e o petista teve os bens liberados.
Lindberg superou César Maia (DEM), segundo o Datafolha, e está na segunda colocação na disputa pelo Senado. Ele tem 36% das intenções de voto contra 29% do ex-prefeito do Rio.
O petista está empatado tecnicamente com Marcelo Crivella (PRB), líder na disputa com 40% das intenções.
Com a forte arrecadação no segundo mês de campanha, Lindberg passou Jorge Picciani (PMDB), quarto colocado na disputa com 22% da preferência do eleitorado. Picciani tem a segunda maior receita, R$ 3,3 milhões.
Maia conseguiu R$ 2,7 milhões. Já Crivella declarou uma campanha modesta, tendo arrecadado R$ 593 mil. Nenhum dos outros três principais adversários de Lindberg apresentou deficit na conta da campanha.
Segundo dados encaminhados ao TSE, o PT foi quem mais contribuiu para a campanha de Lindberg, com 62% da arrecadação. As demais receitas saíram de empresas, que serão listadas na prestação final, após a eleição.
O maior peso nos gastos do petista foi na confecção de publicidade em material impresso (R$ 1,3 milhão), seguido da despesa com pessoal (R$ 790 mil).


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