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Campanha em SP repetirá "todos contra Alckmin"
Adversários vão criticar governo do Estado, dirigido há 16 anos pelo PSDB
Campanha na televisão e no rádio começa amanhã; tucano vai apresentar realizações como governador
EVANDRO SPINELLI
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
Os primeiros programas
do horário eleitoral da campanha para o governo de São
Paulo no rádio e na TV devem reproduzir a estratégia
do primeiro debate entre os
candidatos: todos contra Geraldo Alckmin (PSDB).
O tucano vai iniciar o horário eleitoral, amanhã, apresentando suas realizações
como governador. Vai dizer
que São Paulo melhorou
muito e vai continuar melhorando com ele no governo.
Alckmin tem feito gravações
para o horário eleitoral em
obras e equipamentos públicos em várias cidades do Estado.
O programa de Alckmin é
feito pela mesma equipe que
cuida da propaganda do presidenciável José Serra
(PSDB), comandada por Luiz
Gonzalez, marqueteiro do
próprio Alckmin na derrota
da campanha presidencial
de 2006 e de Gilberto Kassab
(DEM) na eleição para prefeito em 2008. O jornalista Woile Guimarães dirige os programas do candidato ao governo.
O senador Aloizio Mercadante (PT), Celso Russomanno (PP) e Paulo Skaf (PSB), os
adversários que contam mais
tempo no horário eleitoral,
vão apresentar suas propostas em meio a críticas ao governo do Estado, dirigido há
16 anos pelo PSDB -o próprio Alckmin governou por
quase seis anos.
O petista, no entanto, não
vai levar ao ar ataques desmedidos ao tucano. Augusto
Fonseca, marqueteiro que
traça as estratégias de campanha do senador, apresentará ao eleitor em cerca de
seis minutos um Mercadante
mais ameno, umbilicalmente ligado ao presidente Lula.
Este, por sua vez, gravou no
último sábado participação
no programa do senador.
Lula fez um depoimento
sobre a importância de Mercadante para o sucesso de
seu governo, aprovado por
77% da população, segundo
o último Datafolha. A intenção é mostrar que o senador o
acompanhou desde o início,
e tem créditos pela boa avaliação, mesmo nunca tendo
exercido cargo no Executivo.
"QUEM BATE PERDE"
As críticas que serão apresentadas são resultado de
pesquisas qualitativas patrocinadas pelo PT desde o início da corrida eleitoral. Foram delas que surgiram temas como o valor dos pedágios e as críticas ao sistema
de educação pública estadual em São Paulo.
O grande desafio da campanha petista é equilibrar as
críticas e dar ao programa em
tom propositivo. "Quem só
bate perde", afirmou Mercadante, em entrevista à Folha
na última quarta-feira.
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