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FOCO
Nacionalismo marcou reunião de Dilma com os intelectuais
DO RIO
Tietagem e nacionalismo
marcaram o encontro de Dilma Rousseff com artistas e
intelectuais anteontem à noite no Teatro Casa Grande,
que ficou superlotado.
A candidata chegou antes
do nome mais aplaudido da
noite, o cantor e compositor
Chico Buarque. Às 21h05, ele
subiu ao palco e seguiu em
direção a Dilma, cumprimentado-a com abraços e beijos.
Chico havia pedido para
não falar, mas foi pego numa
armadilha do teólogo Leonardo Boff, que sugeriu que o
acompanhasse até o púlpito
"para sair nas fotos". Dizendo ter ao lado um anjo, Boff
passou o microfone a Chico:
"O anjo sou eu? A mim me
disseram que minha função
era de papagaio de pirata".
E continuou: "Vim reiterar
meu apoio entusiasmado a
Dilma, a esta mulher de fibra,
que já passou por tudo, que
não tem medo de nada. Que
sobretudo vai herdar o senso
de justiça social, que é uma
marca do governo Lula".
Tal como Chico, o arquiteto Oscar Niemeyer também
foi ovacionado. Boff disse
que Lula fez uma "revolução
social que também é ecológica". E Beth Carvalho cantou
uma versão de um samba famoso: "Deixa a Dilma me levar, Dilma leva eu".
O ato foi encerrado à meia
noite. Muitos que não conseguiram entrar ficaram na rua
até o fim para saudar a petista: "Olê, olê, olê, olá, Dilma,
Dilma".
(PLÍNIO FRAGA, MARCELO BORTOLOTI e ITALO NOGUEIRA)
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