São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011

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Governo tem direito de definir planos de empresas, diz Dilma

Para presidente, Estado deve participar da elaboração das estratégias de atuação de empresários no exterior

Em Moçambique, Dilma pede que companhias brasileiras considerem viés social de obras no continente africano

ANA FLOR

ENVIADA ESPECIAL A MAPUTO

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o governo tem o direito de definir as estratégias de investimento das empresas brasileiras no exterior.
Dilma se reuniu com empresários brasileiros que atuam em Moçambique, de empresas como Odebrecht, Vale, Camargo Corrêa e Galvão Internacional. Pediu para que eles não esqueçam o viés social dos empreendimentos.
"A presença do governo na decisão das orientações e das estratégias [dos investimentos] é essencial. Porque quem tem a legitimidade de dizer para onde um país vai é o seu governo eleito democraticamente", afirmou.
Dilma relembrou o ex-presidente Lula ao dizer que o país precisa fazer negócios de forma "diferente", "de igual para igual" com a África.
Ao presidente de Moçambique, Armando Guebuza, Dilma reafirmou que o Brasil quer investir no país sem desconsiderar infraestrutura, investimento na área social e na área educacional.
Antes, em reunião com empresários brasileiros, Dilma disse que eles não podiam perder de vista que as empresas que atuam no exterior são "a imagem do Brasil", e que é necessário pensar em negócios que também acabem com desigualdades sociais.
A presidente citou a construção de uma linha de transmissão elétrica entre Moçambique e África do Sul pela Galvão Engenharia e sugeriu que o empreendimento fosse uma linha não contínua, que permitisse levar energia às áreas por onde passa.
"Um projeto para ser bem feito deve ser feito com a população local. Nós não queremos importar trabalhadores do Brasil, queremos que moçambicanos sejam os que atuam nas empresas", afirmou Dilma.

A Folha fez o percurso Moçambique-Angola num avião da FAB (Força Aérea Brasileira) a convite da Presidência da República


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