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Paulistano repete "voto de classe" em PSDB e PT
DE SÃO PAULO
A análise das últimas três
eleições presidenciais na capital paulista revela uma cidade dividida geograficamente entre PT e PSDB.
Organizados por zona eleitoral, os resultados de 1998,
2002 e 2006 mostram que o
paulistano tem repetido o
mesmo padrão ao escolher
seu candidato ao Planalto.
Os tucanos, que comandam o Estado há 16 anos, obtêm suas melhores votações
na área central. É onde mora
a população com maior nível
de renda e escolaridade.
Já os petistas têm vantagem na periferia, alcançando
seus melhores índices em
bairros carentes das zonas
leste e sul da cidade.
"Os resultados mostram
que as áreas de maior renda
votam sistematicamente
com o PSDB. São o ninho tucano por excelência", diz o
professor Cesar Romero.
"Além de reunirem o eleitorado mais popular, os redutos petistas mais fiéis estão próximos aos municípios
do ABC, onde o partido foi
fundado", acrescenta.
A adesão das áreas mais
abastadas aos tucanos se repete com os candidatos Fernando Henrique Cardoso
(1998), José Serra (2002) e Geraldo Alckmin (2006).
Todos tiveram suas maiores votações nas zonas eleitorais de Pinheiros, Jardim
Paulista e Perdizes.
Há quatro anos, Alckmin
oscilou entre 70% e 80% dos
votos nesses bairros. Em parte da periferia, não superou o
patamar de 30%.
O presidente Lula, que disputou as três eleições pelo
PT, também teve votações
geograficamente parecidas.
Ele só venceu na capital paulista em 2002, quando conquistou o primeiro mandato.
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