São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

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Imprensa livre é imprescindível, diz Dilma

90 anos
Autoridades defenderam liberdade de expressão na festa dos 90 anos da Folha; evento reuniu 1.200 convidados

Presidente afirma que prefere crítica a silêncio das ditaduras; para Alckmin, imprensa só é imprensa "se for livre"

Lula Marques/Folhapress
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente FHC se cumprimentam na Sala São Paulo

DE SÃO PAULO

A presidente Dilma Rousseff exaltou ontem a liberdade de imprensa na comemoração dos 90 anos da Folha. "Uma imprensa livre, pluralista e investigativa é imprescindível para um país como o nosso", disse. "Devemos preferir o som das vozes críticas da imprensa livre ao silêncio das ditaduras."
A celebração reuniu cerca de 1.200 convidados na Sala São Paulo, na Luz (região central). Compareceram os presidentes do Senado, José Sarney, da Câmara, Marco Maia, e do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso.
Além de Sarney, participaram da cerimônia os ex-presidentes da República Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso.
Também estavam presentes os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Fernando Haddad (Educação), Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), além de governadores e congressistas.
Entre outros empresários e banqueiros, compareceram Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, Daniel Feffer, do grupo Suzano, e Fábio Barbosa, presidente do Conselho de Administração do Santander.
O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a expressão imprensa livre deveria ser considerada pleonasmo. "A imprensa só é [imprensa] se for livre."
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), também frisou em discurso a importância do jornal para a liberdade de imprensa. "Cada um aqui se recorda de um ou mais episódios em que a Folha foi fundamental para corrigir rumos", afirmou.
Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha, ressaltou que o projeto do jornal "jamais teria acontecido sem aquele que é origem e destinatário de tudo, aquele a quem o sr. Frias, criador da Folha moderna, chamava de Sua Excelência, o leitor", referindo-se a seu pai, o empresário Octavio Frias de Oliveira (1912-2007).
"Em nome desse leitor, peço que aceitem a incumbência de continuar sendo fiscais, hoje e amanhã, dos compromissos da Folha com o jornalismo, com a democracia e com o desenvolvimento do Brasil", disse.
O evento começou com um ato multirreligioso, que reuniu líderes de oito religiões. Participaram o cônego Aparecido Pereira (catolicismo), Rolf Schünemann (protestantismo), João Baptista do Valle (espiritismo), xeque Abdel Hamid Mohamed Mohamed Aly Metwally (islamismo), monja Coen Murayama (budismo), mãe Liliana de Oxum (candomblé), rabino Michel Schlesinger (judaísmo) e dom Datev Karibian (armênios apostólicos).
A cerimônia foi encerrada com o concerto de Villa-Lobos, a "Sinfonia Nº 6", pela Osesp, regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky.


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