São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2010

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PSDB quer ouvir secretário da Receita sobre quebra de sigilo

Receita diz que não fala sobre o caso; PT nega ter pedido dossiê

DE BRASÍLIA

O PSDB protocolou ontem um pedido para convidar o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, para depor na Comissão de Constituição e Justiça do Senado sobre o vazamento de informações fiscais do vice-presidente do partido, Eduardo Jorge Caldas Pereira.
Conforme a Folha revelou na semana passada, saíram diretamente dos sistemas da Receita os dados fiscais de Eduardo Jorge que fazem parte do dossiê levantado pelo "grupo de inteligência" da pré campanha de Dilma Rousseff (PT) contra tucanos.
O formato dos documentos obtidos pela reportagem é exclusivo do fisco. EJ confirmou a veracidade das informações e confrontou os papéis obtidos pela Folha com as cópias das declarações que enviou para a Receita. O tucano afirma que o seu sigilo fiscal foi violado.
A Receita informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não falaria sobre o assunto.
O requerimento para ouvir Cartaxo foi apresentado pelo vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR). Ele classificou a quebra ilegal de sigilo como um "comportamento próprio dos marginais que atuam nos subterrâneos da vida pública brasileira".
Ele disse que seus autores não apenas cometem crime tributário, como também ferem a Constituição: "Nós não podemos nos silenciar diante de fatos de tal gravidade".

PT NEGA ACUSAÇÃO
O PT tem afirmado que a coordenação da campanha não autorizou, não encomendou e não tomou conhecimento de dossiês.
O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse que a candidata Dilma Rousseff não tem que pedir desculpas: "Quem tem de pedir desculpas é quem está buscando relacionar esta história de dossiê com a pré-campanha", disse.


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