São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2010

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Governador está envolvido em fraude, diz Promotoria

Ministério Público de SP vê participação de Gaguim em desvio de R$ 615 mi

Governador nega elo com irregularidades; defesa de empresário diz que documentos não indicam nenhum crime

DE CAMPINAS

Um relatório reservado do Ministério Público de São Paulo aponta que o governador do Tocantins e candidato à reeleição, Carlos Henrique Gaguim (PMDB), e o procurador-geral do Estado, Haroldo Rastoldo, "tiveram participação direta" em fraudes de licitações feitas por suposta "organização" criminosa.
Duas pessoas foram presas na semana semana: o suposto lobista Maurício Manduca e o empresário José Carlos Cepera. As fraudes chegariam a R$ 615 milhões.
O Ministério Público diz que a ação acontecia em três Estados e em 11 cidades de São Paulo. O governador e o procurador apareceram involuntariamente em escutas autorizadas pela Justiça.
Oito pessoas foram presas no dia 17 de setembro sob suspeita de envolvimento com o suposto esquema. Ontem, o Ministério Público denunciou seis presos.
Cópia do relatório foi enviada ao STJ devido ao foro privilegiado do governador.
No relatório, os promotores escrevem que "a vitória da empresa de Cepera e contratações subsequentes são decorrência de novas fraudes realizadas com participação direta de agentes políticos e servidores públicos do alto escalão do Estado do Tocantins, dentre eles o próprio governador Gaguim e o procurador-geral do Estado".
Em outra parte, Manduca diz a Cepera que "na reunião com Gaguim" fechou contrato de empresa controlada por Cepera com o governo.
Gaguim é apoiado pelo PT. No relatório, os promotores dizem que Manduca cita encontro em que estariam Lula e Dilma Rousseff, mas não levantam suspeita contra eles.
O advogado de Cepera, Luiz Flávio Borges D'Urso, negou o envolvimento do empresário. O governador e o procurador-geral também negaram envolvimento. O advogado de Manduca, Alexandre de Araújo, disse que os documentos não indicam crime. (MAURÍCIO SIMIONATO)


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