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Dilma diz que não há "embate" com a mídia
Segundo a candidata, clima para a reta final da campanha tem de ser de "tolerância"
ANA FLOR
ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, negou ontem que ela e seu partido tenham tido "embates"
com a imprensa nos últimos
dias e afirmou que a democracia é "o sal da terra".
Segundo a petista, o clima
para os últimos dias de campanha deve ser de "tolerância" e de "conviver com o
contraditório". Dilma voltou
a repetir que seus opositores
tentam implantar o "ódio".
"Há um clima como aquele que se tentou criar em
2002, que nós seríamos a catástrofe", afirmou, respondendo sobre peças publicitárias feitas pelo PSDB para a
internet que afirmam que ela
não tem condições de conter
a ala raivosa do PT.
"Capacidade de gestão
quem prova são fatos, não a
soberba de outras pessoas",
afirmou a petista.
Ao iniciar a coletiva de imprensa em Porto Alegre, onde participou à noite de um
comício com Lula, Dilma comemorou a capitalização da
Petrobrás -oficialmente iniciada na manhã de ontem,
na Bolsa de Valores de SP.
A candidata chamou a
operação de "fantástica" e
disse que o petróleo é "o óleo
da terra", enquanto a democracia é "o sal da terra".
A petista comentou ainda
a Adin (ação direta de inconstitucionalidade) movida
pelo PT no STF que questiona
a obrigação de dois documentos para votar.
Dilma afirmou acompanhar à distância o assunto.
"O PT vê isso como uma forma de cercear o voto", afirmou a candidata.
ERENICE
A candidata foi questionada se entre seus planos de governo estava um novo marco
regulatório para as comunicações. Dilma afirmou que a
área tem "um grave problema", que é a participação de
capital estrangeiro.
Ela defendeu que a "drástica mudança" tecnológica
na área das comunicações
mostra que é preciso discutir
o tema com todos os setores.
Dilma respondeu ainda
sobre críticas feitas pelo presidente Lula à ex-ministra
Erenice Guerra (Casa Civil).
De acordo com o presidente,
Erenice "jogou fora a chance
de ser uma grande funcionária pública".
Segundo Dilma, Lula faz
"uma avaliação não sobre
qualquer situação de corrupção, mas sobre uma questão
que nós somos contrários: a
contratação de parentes e
amigos".
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