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TCE-RS nega que tenha dificultado acesso a dados
DE SÃO PAULO
O Tribunal de Contas do
Estado do Rio Grande do Sul
divulgou nota na qual nega
que técnicos tenham tentado
vetar o acesso da Folha às
auditorias públicas que integram os processos de tomada
de contas de Dilma Rousseff
(PT), entre 1991 e 2002. No
período, ela chefiou a Fundação de Economia e Estatística
e a Secretaria de Minas e
Energia do governo gaúcho.
"Tratando-se de processos
já arquivados há alguns
anos, visto que se referem a
contas dos exercícios de 1991
a 1994 e de 1999 a 2002, foi
necessária a busca nos arquivos microfilmados. Com isso,
não houve qualquer restrição
de acesso a essa informação,
que é pública, compreendendo decisões já transitadas em
julgado", diz a nota.
A Folha ouviu duas negativas do tribunal sobre o
acesso aos dados. O argumento dos técnicos, consultados pessoalmente pela reportagem, é que seria franqueada apenas a leitura das
decisões finais.
Após a formalização do pedido, registrado em ofício na
Casa, a presidência do TCE-RS liberou os documentos.
Cópia do material foi enviado
simultaneamente à candidata do PT à Presidência.
A reportagem registrou,
separadamente ao texto sobre as auditorias, que parte
do corpo técnico ocupa os
cargos desde a gestão de Olívio Dutra (PT).
"Associar, como fez a matéria, a atuação dos técnicos
a partido político e, particularmente, a um governante,
implica desconhecimento
básico dessa realidade ou, o
que seria inaceitável, grave
afronta à verdade e à transmissão da correta informação", afirma a nota.
As auditorias nos órgãos
gaúchos chefiados por Dilma
apontam favorecimento a
uma empresa gaúcha que
hoje recebe R$ 5 milhões da
Presidência e mostram aparelhamento da máquina. Todas as contas foram aprovadas pelo TCE-RS.
Na tomada de contas, o tribunal impôs multa a Dilma,
que foi "perdoada" cinco
anos depois.
O tribunal gaúcho também contestou a redação utilizada. "Em verdade, houve o
provimento de um recurso de
reconsideração."
Diz a nota do tribunal: "A
tomada de decisão pelo tribunal, em todos os processos
que examina, está fundada
não apenas nos relatórios
das inspeções e auditorias,
sendo levados em conta os
termos da defesa, o conteúdo
das provas, a posição do Ministério Público e, evidentemente, o livre convencimento dos julgadores".
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