DE BRASÍLIA

Procurado pela reportagem, o ex-diretor dos Correios Marco Antônio Oliveira não foi localizado para falar sobre o assunto. Há duas semanas, ele negou ter pedido R$ 5 milhões ao consultor Rubnei Quícoli.
A ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, em entrevista à revista "IstoÉ" na semana retrasada, disse ter sido vítima de "uma completa traição", ao comentar o caso da EDRB, em referência ao advogado e seu ex-assessor Vinícius Castro.
Ela negou ter recebido em audiência os empresários Aldo Wagner e Quícoli. Disse que a reunião, de novembro de 2009, foi conduzida pelo seu ex-chefe de gabinete.
Também procurados nos últimos dias pela reportagem, Israel Guerra, filho de Erenice, e Vinícius Castro, ex-funcionário do Planalto, não se manifestaram sobre a crise na Casa Civil.
Um dos donos da EDBR, Aldo Wagner, depois de dar entrevista gravada à Folha em que reconheceu ter contratado Quícoli e se reunido com Erenice na Casa Civil, disse que não quer mais falar, para não pôr em risco o projeto de energia solar.
Quícoli disse que abrirá à Polícia Federal seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.
Ele foi intimado a depor, na terça-feira, no inquérito para apurar a rede de tráfico de influência na Casa Civil.
Após ter encaminhado papéis e ter feito denúncia à Folha, há duas semanas, Quícoli disse que passou a ser desqualificado por dirigentes do PT por conta de sua ficha criminal. Disse que recebeu ameaças de morte.
Quícoli foi processado duas vezes, sob acusação de porte de dinheiro falso e coação de testemunha, e ficou preso por mais de dez meses entre 2006 e 2007. Recorreu e foi absolvido em segunda instância no caso da coação.
Em 2003, Quícoli foi denunciado por suposta ocultação de uma carga de dez toneladas de condimentos que, segundo a denúncia, o empresário "sabia ser produto de roubo".
Também foi investigado por suposto porte de sete cédulas falsas de R$ 50.
Quícoli nega as acusações e as atribui a falhas de ex-funcionários de diversas empresas que administrou.


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