|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dados de Ana Maria Braga e dos Klein foram acessados
FERNANDA ODILLA
LEONARDO SOUZA
DE BRASÍLIA
Dados sigilosos da apresentadora Ana Maria Braga,
da Rede Globo, e de quatro
integrantes da família Klein,
dona das Casas Bahia, foram
acessados no mesmo computador no qual a declaração de
renda de quatro pessoas ligadas ao PSDB foram violadas.
Não se sabe, porém, se o sigilo deles foi violado ou se os
acessos foram feitos legalmente, dentro de alguma fiscalização autorizada. Sobre
estes acessos, a Receita não
se pronunciou.
Num intervalo de 15 minutos, no dia 4 de agosto de
2009, foi acessado o conteúdo do Imposto de Renda de
Samuel Klein, empresário
polonês que fundou as Casas
Bahia; Michael Klein, diretor-executivo da rede; Maria
Alice Pereira Klein, mulher
de Michael; e de Raphael Oscar Klein, neto de Samuel e
herdeiro da empresa.
Os dados de Ana Maria
Braga foram obtidos às 11h15
de 16 de novembro de 2009.
INVESTIGAÇÃO
Todas as consultas foram
feitas dentro da agência da
Receita Federal em Mauá
(SP), a partir da máquina de
uma das três servidoras investigadas pela quebra do sigilo do vice-presidente do
PSDB, Eduardo Jorge.
As informações são da Corregedoria-Geral da Receita,
que abriu investigação interna para apurar a quebra do
sigilo de Eduardo Jorge, revelada pela Folha em junho.
Tabela montada pela corregedoria traz data e horário
de um total de 320 acessos
feitos entre agosto e dezembro de 2009, nos computadores das três servidoras.
Estão na lista centenas de
contribuintes que tiveram as
declarações acessadas, mas
não se sabe até aqui quais
dessas consultas foram realizadas sem amparo legal.
Nos casos de Ana Maria
Braga e da família Klein não
constam da tabela de acessos
feita pela Receita o número
do ofício interno do órgão solicitando a consulta.
No processo que investiga
a quebra de Eduardo Jorge, a
corregedoria destacou sete
contribuintes ligados ao
PSDB que tiveram seus dados acessados ilegalmente.
No caso da apresentadora
de TV, dos membros da família Klein e dos demais acessos não há referência a uma
possível violação.
As servidoras suspeitas
também negam a participação no episódio.
A família Klein disse que
tomou conhecimento do assunto pela imprensa e não
vai se pronunciar, segundo a
assessoria das Casas Bahia.
A assessoria de Ana Maria
Braga afirmou que irá esperar ser informada oficialmente para se pronunciar.
Texto Anterior: Nova quebra de sigilo abrem guerra judicial PSDB-PT Próximo Texto: Dilma diz que acusação de Serra é prova de "desespero" Índice
|