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Alckmin já sinaliza mudanças na educação
Governador eleito quer ajustar progressão continuada e universalizar ensino fundamental
Carlos Cecconello - 16.nov.2010/ Folhapress
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Geraldo Alckmin anuncia quatro de seus secretários
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
O governador eleito de São
Paulo, Geraldo Alckmin
(PSDB), pediu à equipe de
transição prioridade na análise de projetos que quer
transformar em marcas de
sua gestão.
Estão na lista de Alckmin
desde propostas alardeadas
por ele durante a campanha
até pontos vulneráveis da administração, que alimentaram o discurso de seus adversários nas eleições.
Na cúpula da equipe de
transição, por exemplo, é
consenso que o governador
fará modificações na política
educacional do Estado. O formato da progressão continuada deverá ser revisto, e a
universalização do ensino
fundamental será uma meta.
A qualidade do ensino estadual foi criticada durante a
campanha. Por isso, Alckmin
estaria "decidido" a elevar os
índices de avaliação dos alunos de escolas públicas.
Já na cota das grandes promessas de sua campanha, o
Via Rápida para o Emprego
deve ganhar dotação específica no Orçamento de 2011.
O programa irá oferecer
cursos rápidos de qualificação profissional para áreas
que sofrem com falta de mão
de obra especializada, como
a construção civil.
Para isso, será necessário
fazer ajustes no Orçamento
de 2011, em tramitação na Assembleia Legislativa. A missão de modificá-lo caberá ao
deputado estadual Bruno Covas (PSDB), relator da peça e
aliado de Alckmin.
NOVA PASTA
Grande novidade do próximo governo, a Secretaria de
Gestão Metropolitana está
em fase final de elaboração.
A pasta será criada por
Alckmin para coordenar políticas municipais e estaduais de saneamento, transporte e habitação e terá foco
nas três regiões metropolitanas do Estado: Baixada Santista, Campinas e Grande SP.
Elas somam 67 municípios, são responsáveis por
cerca de 70% do PIB de São
Paulo e 80% da população.
Segundo aliados, deverá
prevalecer o formato que prevê a criação da secretaria e a
nomeação de um comitê intersecretarial, responsável
por pensar e coordenar a execução das políticas públicas
Entre os nomes que circulam como candidatos a chefiar essa nova pasta estão notórios aliados de Alckmin: os
deputados federais José Aníbal, Edson Aparecido e Emanuel Fernandes, todos do
PSDB.
Para outra área estratégica, a Segurança, Alckmin sinalizou a aliados que trabalhará para pacificar as relações entre as polícias Civil e
Militar. As duas corporações
se confrontaram em 2008,
durante o governo de José
Serra, e a reconstrução da relação será prioridade.
Há, por exemplo, uma
avaliação de que as equipes
de inteligência das polícias
Civil e Militar poderiam atuar
de forma mais integrada.
Também pela disposição
em promover esse trabalho
passará a decisão sobre o nome que chefiará a pasta, hoje
um problema para o governador eleito.
Chegou à imprensa a versão de que a cabeça do atual
titular, Antonio Ferreira Pinto, estaria a prêmio. Aliados
de Alckmin atribuíram ao secretário a divulgação de que
haveria um lobby para que
ele saísse da chefia da pasta.
O governador eleito teria
se sentido pressionado. Segundo pessoas próximas, o
tucano entendeu que, se deixar Ferreira Pinto no cargo,
passará a impressão de ter
cedido a apelos feitos via imprensa. Se substituí-lo, no
entanto, terá que lidar com
rumores de que cedeu ao
lobby contra o secretário.
Na próxima semana Alckmin deverá liberar a segunda
lista de nomes que ocuparão
o novo governo estadual. Há
ainda previsão de uma terceira leva de anúncios, em dezembro, com os últimos nomes da nova gestão.
O tucano deverá reservar
para este último comunicado
pastas em que ainda encontra problemas, como Educação, Segurança e Fazenda.
Até hoje, quatro secretários foram apresentados: Sidney Beraldo (Casa Civil), Admir Gervásio (Casa Militar),
Giovanni Cerri (Saúde) e Linamara Battistella (Direitos
da Pessoa com Deficiência).
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