São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2010

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Prefeito de Dourados será investigado por dois acusados

Câmara de Dourados cria comissão para processar Ari Artuzi, mas inclui no grupo dois vereadores presos pela Polícia Federal

RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ

A Câmara Municipal de Dourados (MS) constituiu comissão para processar o prefeito afastado Ari Artuzi (sem partido), preso há 27 dias sob suspeita de chefiar suposto esquema de fraudes e desvio de verbas da prefeitura.
A comissão, porém, será chefiada por dois vereadores que também foram presos e denunciados à Justiça por suspeita de participação na mesma trama. Eles foram soltos no início do mês.
São eles o presidente da comissão, José Carlos Cimatti Pereira (PSB), e o relator, Marcelo Barros (DEM). A comissão, que terá 90 dias para decidir se pede a cassação do prefeito, também inclui o suplente Cido Medeiros (DEM).
Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, o processo de cassação está relacionado à apresentação, no dia 13 de setembro, do relatório de uma CPI convocada para investigar denúncias de fraude na área da Saúde.
A escolha dos membros da comissão, segundo a assessoria, seguiu o Regimento Interno, que define indicação por bancadas e sorteio.
"Estamos trabalhando com cautela para que todas as ações sejam estabelecidas dentro das leis. Para que não haja nenhum procedimento irregular", disse Délia Razuk (PMDB), presidente da Casa.
A Folha deixou recados nos telefones dos vereadores Marcelo Barros e José Cimatti Pereira. Cido Medeiros disse temer "consequências futuras" em relação à comissão: "Lá na frente, se houver cassação, o prefeito pode recorrer e dizer que foi julgado por dois suspeitos do crime. Não sei como vai ser isso".
A operação em Dourados foi deflagrada em 1º setembro, quando a PF cumpriu 28 mandados de prisão. Foram presos o prefeito, o vice e toda a Mesa Diretora da Câmara. Segundo a PF, o prefeito Ari Artuzi (PDT) chefiava esquema que desviava 10% de todos os contratos em áreas como saúde e transporte.


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