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Prefeito de Dourados será investigado por dois acusados
Câmara de Dourados cria comissão para processar Ari Artuzi, mas inclui no grupo dois vereadores presos pela Polícia Federal
RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ
A Câmara Municipal de
Dourados (MS) constituiu comissão para processar o prefeito afastado Ari Artuzi (sem
partido), preso há 27 dias sob
suspeita de chefiar suposto
esquema de fraudes e desvio
de verbas da prefeitura.
A comissão, porém, será
chefiada por dois vereadores
que também foram presos e
denunciados à Justiça por
suspeita de participação na
mesma trama. Eles foram soltos no início do mês.
São eles o presidente da
comissão, José Carlos Cimatti
Pereira (PSB), e o relator,
Marcelo Barros (DEM). A comissão, que terá 90 dias para
decidir se pede a cassação do
prefeito, também inclui o suplente Cido Medeiros (DEM).
Segundo a assessoria de
imprensa da Câmara, o processo de cassação está relacionado à apresentação, no
dia 13 de setembro, do relatório de uma CPI convocada
para investigar denúncias de
fraude na área da Saúde.
A escolha dos membros da
comissão, segundo a assessoria, seguiu o Regimento Interno, que define indicação
por bancadas e sorteio.
"Estamos trabalhando
com cautela para que todas
as ações sejam estabelecidas
dentro das leis. Para que não
haja nenhum procedimento
irregular", disse Délia Razuk
(PMDB), presidente da Casa.
A Folha deixou recados
nos telefones dos vereadores
Marcelo Barros e José Cimatti
Pereira. Cido Medeiros disse
temer "consequências futuras" em relação à comissão:
"Lá na frente, se houver cassação, o prefeito pode recorrer e dizer que foi julgado por
dois suspeitos do crime. Não
sei como vai ser isso".
A operação em Dourados
foi deflagrada em 1º setembro, quando a PF cumpriu 28
mandados de prisão. Foram
presos o prefeito, o vice e toda a Mesa Diretora da Câmara. Segundo a PF, o prefeito
Ari Artuzi (PDT) chefiava esquema que desviava 10% de
todos os contratos em áreas
como saúde e transporte.
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