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Desvio de R$ 800 mil bancou "mensalão", afirma Promotoria
DE CUIABÁ
Ao menos R$ 800 mil foram desviados de convênios
na área da saúde de Dourados para bancar um suposto
"mensalão" pago a vereadores e funcionários públicos,
segundo a Promotoria.
O dinheiro, diz a Promotoria, era desviado de quatro
convênios firmados em 2009
entre a prefeitura e a ABD
(Associação Beneficente
Douradense) -mantenedora
do Hospital Evangélico de
Dourados- para a prestação
de serviços médicos e o gerenciamento de dois hospitais públicos na cidade.
Somados, os convênios totalizam R$ 3,2 milhões. "Essa
terceirização da saúde pública foi deliberadamente direcionada (...) de modo a alimentar o vultuoso esquema
de corrupção", diz um trecho
da denúncia da Promotoria.
Os convênios foram realizados, diz a denúncia, "em
troca do pagamento (...) de
um retorno de R$ 50 mil, que
constituía a principal receita
para o custeio do mensalão
dos vereadores".
A PF possui quatro diálogos gravados pelo secretário
de Governo, Eleandro Passaia, responsável pelas denúncias, que citam o acerto
envolvendo o contrato com a
ABD e o Hospital Evangélico.
Segundo a Promotoria, as devoluções eram "cobertas"
por meio de notas frias.
A Folha não conseguiu
contato com a direção do
Hospital Evangélico. Em entrevista anterior, a direção
negou irregularidades nos
convênios, que seriam "públicos e notórios".
(RV)
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