São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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Desvio de R$ 800 mil bancou "mensalão", afirma Promotoria

DE CUIABÁ

Ao menos R$ 800 mil foram desviados de convênios na área da saúde de Dourados para bancar um suposto "mensalão" pago a vereadores e funcionários públicos, segundo a Promotoria.
O dinheiro, diz a Promotoria, era desviado de quatro convênios firmados em 2009 entre a prefeitura e a ABD (Associação Beneficente Douradense) -mantenedora do Hospital Evangélico de Dourados- para a prestação de serviços médicos e o gerenciamento de dois hospitais públicos na cidade.
Somados, os convênios totalizam R$ 3,2 milhões. "Essa terceirização da saúde pública foi deliberadamente direcionada (...) de modo a alimentar o vultuoso esquema de corrupção", diz um trecho da denúncia da Promotoria.
Os convênios foram realizados, diz a denúncia, "em troca do pagamento (...) de um retorno de R$ 50 mil, que constituía a principal receita para o custeio do mensalão dos vereadores".
A PF possui quatro diálogos gravados pelo secretário de Governo, Eleandro Passaia, responsável pelas denúncias, que citam o acerto envolvendo o contrato com a ABD e o Hospital Evangélico. Segundo a Promotoria, as devoluções eram "cobertas" por meio de notas frias.
A Folha não conseguiu contato com a direção do Hospital Evangélico. Em entrevista anterior, a direção negou irregularidades nos convênios, que seriam "públicos e notórios". (RV)


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