São Paulo, sábado, 30 de outubro de 2010

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Tarifa elétrica pode cair mais, diz especialista

DO RIO

Reduzir o PIS/Cofins, proposta de Dilma, e extinguir a Reserva Geral de Reversão, defesa de Serra, para forçar a queda das tarifas de energia elétrica são caminhos positivos, mas insuficientes para corrigir as imperfeições do regime tarifário.
A opinião é de Adilson de Oliveira, professor do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e estudioso do setor elétrico.
"[Os candidatos] estão em boa direção, mas é pouco. É preciso ser mais agressivo para corrigir o regime tarifário inaceitável", afirma.
De acordo com Oliveira, o futuro presidente ainda precisará revisar todos os encargos incidentes sobre as tarifas, como a CCC (Conta Consumo Combustível), e estancar o processo de elevação das tarifas nos leilões durante o processo de renovação da chamada energia velha.
Esses contratos, de compra de energia de usinas que já foram amortizadas, começam a vencer a partir de 2012.
Oliveira critica ainda a ideia de não haver leilões para usinas termelétricas até 2014. A restrição da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) tem o apoio da candidata Dilma. Segundo o professor, essa restrição não deveria abranger as usinas movidas a gás natural -apenas a diesel e óleo combustível.
As termelétricas, ensina o professor, são importantes para absorver o gás natural que o país terá disponível em grande escala com a exploração do pré-sal, além de aumentar a segurança do suprimento de energia elétrica.
Adilson de Oliveira defende políticas de estímulo ao consumo de gás natural, como também defendem os candidatos.
Segundo ele, quando mais espaço o gás natural ocupar na matriz energética, menos espaço terão os derivados do petróleo. (FP)


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