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Tarifa elétrica pode cair mais, diz especialista
DO RIO
Reduzir o PIS/Cofins,
proposta de Dilma, e extinguir a Reserva Geral de Reversão, defesa de Serra,
para forçar a queda das tarifas de energia elétrica
são caminhos positivos,
mas insuficientes para
corrigir as imperfeições do
regime tarifário.
A opinião é de Adilson
de Oliveira, professor do
Instituto de Economia da
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e estudioso do setor elétrico.
"[Os candidatos] estão
em boa direção, mas é
pouco. É preciso ser mais
agressivo para corrigir o
regime tarifário inaceitável", afirma.
De acordo com Oliveira,
o futuro presidente ainda
precisará revisar todos os
encargos incidentes sobre
as tarifas, como a CCC
(Conta Consumo Combustível), e estancar o processo de elevação das tarifas
nos leilões durante o processo de renovação da
chamada energia velha.
Esses contratos, de
compra de energia de usinas que já foram amortizadas, começam a vencer a
partir de 2012.
Oliveira critica ainda a
ideia de não haver leilões
para usinas termelétricas
até 2014. A restrição da
EPE (Empresa de Pesquisa
Energética) tem o apoio da
candidata Dilma. Segundo
o professor, essa restrição
não deveria abranger as
usinas movidas a gás natural -apenas a diesel e
óleo combustível.
As termelétricas, ensina
o professor, são importantes para absorver o gás natural que o país terá disponível em grande escala
com a exploração do pré-sal, além de aumentar a
segurança do suprimento
de energia elétrica.
Adilson de Oliveira defende políticas de estímulo ao consumo de gás natural, como também defendem os candidatos.
Segundo ele, quando
mais espaço o gás natural
ocupar na matriz energética, menos espaço terão os
derivados do petróleo.
(FP)
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