São Paulo, segunda-feira, 31 de maio de 2010 |
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ENTREVISTA Sarney afirma que vetou casos sobre 'vida particular' DE SÃO PAULO
Ao longo de seu mandato
na Presidência (1985-1990),
o senador José Sarney
(PMDB-AP) se reuniu diariamente, às 8h30, com o
chefe do SNI, general Ivan
de Souza Mendes, e outros
funcionários do Palácio do
Planalto. Para o então presidente, contudo, as atividades do SNI estavam "praticamente hibernadas". Leia
os principais trechos da entrevista, por e-mail.
(RV) Folha - Como o sr. qualifica o trabalho do SNI naquele período, sob o ponto de vista da organização, dos métodos e da transmissão das informações ao governo? José Sarney - O trabalho do SNI pareceu-me sempre burocrático, e o seu ministro-chefe encontrava-se comigo em reuniões de trabalho, das quais participava com os chefes da Casa Civil e da Casa Militar, e se restringia a me transmitir notícias que, em geral, já eram do conhecimento da mídia. Logo que assumi, dei instruções para que suspendesse toda e qualquer atividade no que se referia a investigar a vida particular das pessoas, dizendo que isso não correspondia a nenhum interesse de Estado.
Olhando em retrospecto, o
sr. concorda com as atividades do SNI sobre os movimentos sociais?
O SNI tinha autonomia para
escolher as "áreas de interesse" de seus trabalhos ou,
de alguma forma, o sr. colaborava para indicar essas
áreas? Qual era o grau de autonomia do SNI? |
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