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Com TV, Marina fica conhecida, mas não cresce nas pesquisas
Após duas semanas de horário eleitoral e um mês de aparições no "JN", candidata mantém só 9% dos votos
Para o ex-deputado Airton Soares, senadora do PV não sensibilizou eleitores em temas como saúde e educação
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
Principal aposta dos verdes, a exposição na TV tornou Marina Silva mais conhecida, mas ainda não foi
suficiente para impulsionar
sua candidatura ao Planalto.
Após duas semanas de horário eleitoral e um mês de
aparições diárias no "Jornal
Nacional", ela continua estacionada nos 9% de intenções
de voto, com chances remotas de ir ao segundo turno.
A estagnação frustrou o
PV, que contava com um
crescimento automático e
agora vê pouco tempo para
reagir até a eleição.
No fim de março, apenas
52% dos eleitores conheciam
Marina, segundo o Datafolha. O índice saltou 21 pontos
e chegou a 73% na pesquisa
divulgada no dia 13.
No mesmo período de cinco meses, a senadora saiu de
9% das intenções de voto,
chegou a 11% e voltou a 9%.
Ela manteve o resultado na
última rodada, divulgada na
quinta-feira passada.
O instituto não voltou a
medir o conhecimento dos
candidatos, mas aliados
acreditam que ela ampliou o
índice com a propaganda.
Com o crescimento de Dilma Rousseff (PT), Marina
mudou a estratégia para tentar ultrapassar José Serra
(PSDB), mas não conseguiu
tirar votos do tucano.
Os verdes ainda buscam
explicação para a paralisia
nas pesquisas.
Para o ex-deputado Airton
Soares, Marina manteve o
eleitor original, que a escolheu pela causa do meio ambiente, mas não sensibilizou
em temas mais populares como saúde e educação.
O coordenador da campanha no Rio, Alfredo Sirkis,
afirma que o PV errou nos
primeiros programas, quando apareceu pouco no tempo
exíguo do partido.
"Continuo achando que
precisamos de uma comunicação mais contundente na
TV", afirmou Sirkis.
Marina, por sua vez, tem
procurado demonstrar otimismo em declarações públicas, afirmando que chegará
ao segundo turno.
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