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Em 4 anos, Barbieri amplia gastos e corta investimentos

Despesas com cargos de confiança subiram de R$ 135 mi para R$ 202 mi

Governo de Araraquara alega que contratações se deram para que Barbieri pudesse aplicar plano de gestão

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Em quatro anos, o prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri (PMDB), aumentou os gastos da prefeitura em até 85% e diminuiu os investimentos em 40%.

Os dados são comparativos a 2008, último ano da segunda gestão do prefeito anterior, Edinho Silva (PT), e foram confirmados pela prefeitura.

Provável candidato à reeleição, Barbieri anunciou na sexta um corte de gastos de 20% para equilibrar essas contas.

Nos anos anteriores, porém, a prefeitura aumentou em quase 20% o quadro de servidores. Quando Barbieri assumiu, a administração tinha 4.572 funcionários. Já em 2011, fechou o ano com 5.467.

As pastas com o maior número de servidores são Educação, Saúde e Administração, segundo o secretário da Fazenda, Roberto Pereira.

Gastos com cargos de confiança também subiram -foram de R$ 135 milhões em 2008 para R$ 202 milhões em 2011.

Já despesas com o pagamento de serviços terceirizados tiveram um salto de 85%, indo de R$ 77 milhões para R$ 143 milhões no mesmo período.

Por outro lado, enquanto os investimentos realizados em 2008 foram de R$ 55 milhões, no ano passado o montante foi de R$ 33 milhões.

Em nota, o secretário da Fazenda informou que as contratações se deram para que Barbieri pudesse aplicar seu plano de governo. "Havia uma demanda por serviços da prefeitura que estava defasada."

Sobre os investimentos, o secretário afirmou que entre 2009 e 2011 foram investidos R$ 124 milhões. Ainda segundo ele, em 2008 foram investidos R$ 25 milhões no estádio Arena da Fonte.

LEGISLAÇÃO FISCAL

Barbieri poderá ter problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal caso não consiga zerar o deficit do ano passado, avaliado em R$ 79 milhões. Desse valor, a prefeitura diz ter pago R$ 45 milhões.

Pereira afirmou na sexta-feira que novas medidas serão anunciadas em maio.

Em meio à crise financeira, a prefeitura suspendeu o pagamento de cerca de R$ 2 milhões a um escritório de advocacia, que foi contratado para defender a gestão no processo que responde na Receita Federal pelo não recolhimento do INSS de funcionários nos últimos dois anos.

A suspensão do pagamento foi feita por sugestão do promotor Raul de Melo Franco, que abriu investigação para apurar o contrato.

A prefeitura já pagou R$ 3,5 milhões ao escritório.

FOLHA.com

Leia sobre o governo de Araraquara
folha.com/no1054366

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