da Reportagem Local

A Polícia Militar de Franca (88 km de Ribeirão Preto) deve retirar hoje o efetivo responsável pela guarda dentro da cadeia da cidade.
Com isso, a direção da cadeia terá de deslocar carcereiros da escolta dos presos para vigiar os muros da prisão.
Os 14 policiais militares que cuidavam das muralhas da cadeia pública do Jardim Guanabara foram transferidos para o lado externo da unidade.
A cadeia tem em média 300 presos, segundo a Polícia Civil. Há dois anos não ocorre fuga ou rebelião em Franca.
O tenente-coronel Salvador Benedito Pane, 49, comandante do 15º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior), disse que cumpriu uma determinação da Secretaria da Segurança Pública.
Em abril deste ano, a secretaria divulgou resolução que define a competência sobre a vigilância nas cadeias públicas: policiais civis ficam dentro da unidade e os militares ficam do lado de fora.
Segundo ele, os policiais militares vão ficar agora nas ruas ao lado da cadeia em turnos ininterruptos. "Na prática não muda nada", afirmou.
O delegado Tarcísio Marques, 40, diretor da cadeia do Guanabara, afirmou ontem que precisaria de mais dez carcereiros para suprir a ausência dos policiais militares.
"Contudo, não existe previsão de contratações para essas vagas", disse. Ele afirmou que a segurança no local será prejudicada com a falta de efetivo.
Os carcereiros receberam treinamento com armas nos últimos dois dias para cuidar das muralhas.
A Delegacia Regional enviou armas e rádios comunicadores.
"Devemos receber ainda o reforço de mais quatro policiais civis, remanejados de outros departamentos, mas não há previsão", afirmou o delegado.
O problema é o mesmo enfrentado em Ribeirão Preto pela direção da cadeia de Vila Branca, onde aumentaram as fugas após a retirada dos policiais militares.
Até a resolução da Secretaria da Segurança Pública, que entrou em vigor no primeiro semestre, a PM vigiava os muros, enquanto os policiais civis permaneciam no interior da cadeia.



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