DA FOLHA RIBEIRÃO

Para o cientista político da Unesp de Bauru Maximiliano Martin Vicente, 44, o processo político brasileiro favorece a vitória de vereadores e prefeitos sem a qualidade necessária para ocupar seus respectivos cargos.
Com isso, segundo o cientista, surgem acordos que favorecem apenas assuntos de interesse particular, deixando de lado o bem da coletividade. "Isso tira o censo de participação do eleitor. Ele pensa: votar, para quê?", explicou Vicente.
Ele afirma que o excesso de homenagens a pessoas, que dão nome a ruas, por exemplo, é um desperdício de tempo. "Falta profissionalismo aos vereadores. É um desperdício de tempo, de função e do dinheiro público."
Mesmo com a vontade das pessoas em mudar, o professor acredita que será muito difícil isso acontecer porque a estrutura continua.
Para ele, os cargos políticos no país não deveriam ser remunerados, como ocorre em alguns países da Europa. "O dinheiro deveria ser entregue aos partidos. Aí, eles escolheriam melhor as pessoas para representá-los."


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