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"Enxuta", Sinfônica abre temporada de concertos
Fundação Pedro 2º deverá reduzir ajuda para bancar solistas convidados
Orquestra decidiu remanejar verba e cortar músicos extras para peças mais complexas; grupo lança CD de bossa nova
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
A redução do apoio ao pagamento de solistas convidados
pela Fundação Pedro 2º fará
com que a Orquestra Sinfônica
de Ribeirão Preto tenha neste
ano uma temporada de concertos mais enxuta, com número
menor de músicos extras para a
execução de peças complexas.
A direção da orquestra afirmou, porém, que manterá os
convites a artistas renomados,
como o violoncelista Antonio
Menezes e o pianista Nelson
Freire, que se apresentarão no
segundo semestre, para seguir
o padrão atual da série "Concertos Internacionais".
Desde 2002, quando foi criada a série, a fundação mantenedora do Theatro Pedro 2º arcava com os custos do solista convidado, que variavam de R$ 15
mil a R$ 30 mil. Metade da renda da bilheteria permanecia
com o teatro -aproximadamente R$ 3.000.
Segundo Delcio Bellini Júnior, presidente da Associação
Musical de Ribeirão Preto, responsável pela orquestra, a nova
direção informou que não poderia pagar todos os convidados, mas que poderá repassar
toda a bilheteria ao grupo.
"A fundação vai arcar com
um ou dois solistas mais expressivos e o resto teremos de
custear. Dentro da nossa realidade, vamos tentar mesclar
músicos de renome internacional, com os [que estão] em início de carreira", disse. A Orquestra Sinfônica de Ribeirão
possui um orçamento anual de
R$ 3,2 milhões, sendo R$ 360
mil repassados pela prefeitura.
Uma das soluções ao orçamento será o de evitar obras
que exijam mais do que os
atuais 55 músicos. "Antes, tínhamos mais liberdade de programar peças robustas com até
70 músicos, contratando músicos extras. Evidente que isso
será menos frequente", disse o
regente Cláudio Cruz.
Entre as novidades, a orquestra deverá lançar CD em homenagem à bossa nova, gravado no
ano passado. O grupo ainda
tenta encontrar patrocínio para financiar apresentações com
músicos da MPB. Foram sondados Milton Nascimento e
Maria Bethânia.
O presidente da Fundação
Pedro 2º, Layr Luchesi Junior,
disse que a fundação reduziu a
ajuda à orquestra porque o projeto estava acima da capacidade
financeira. "Na medida em que
transcorrer o ano, poderemos
ajudar mais", disse ele.
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