|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
São Carlos, 152, investe para sofisticar o setor de serviços
"Capital do conhecimento" tenta diminuir distância entre universidade e cidade
Atrair novos hotéis é um dos desafios da cidade, de acordo com o prefeito e o presidente da Associação Comercial e Industrial
JEAN DE SOUZA
ENVIADO ESPECIAL A SÃO CARLOS
O caminho trilhado por São
Carlos nas últimas décadas tem
sido o do conhecimento. A cidade que completa hoje 152
anos de fundação se orgulha de
suas universidades e centros de
pesquisa, além da fama de ter o
maior número de doutores por
habitante no país.
De carona nessa onda, a cidade tem conseguido se firmar
como um polo atrativo para
empresas de alta tecnologia. E
são essas empresas e seus profissionais que desafiam agora a
cidade a engatar aos seus potenciais o setor de serviços.
Parte desse trabalho já vem
sendo feita, com a sofisticação
do comércio, bares, restaurantes e a abertura de um shopping
de grande porte, com cinema e
praça de alimentação.
Presidente da Acisc (Associação Comercial e Industrial de
São Carlos), José Eduardo Casemiro diz que, hoje, "ninguém
mais precisa sair de São Carlos
para comprar qualquer coisa" e
"estamos muito bem de bares e
restaurantes". A ressalva, diz,
são as poucas opções de hotéis.
A preocupação de Casemiro é
compartilhada com o prefeito
Oswaldo Barba (PT). Para ele, a
chegada de novas empresas e a
inauguração da Cidade da
Energia, prevista para 2011, vão
atrair muita gente. Barba afirma já ter iniciado conversas
com empresários para a construção de novos hotéis.
O desenvolvimento do setor
de serviços em São Carlos é essencial também para quem
"adotou" a cidade. É o caso do
prefeito, ex-reitor da UFSCar
(Universidade Federal de São
Carlos), do atual reitor da instituição, Targino de Araújo Filho
e do ex-prefeito e ex-reitor da
UFSCar, Newton Lima.
Segundo Araújo, iniciativas
surgidas nas incubadoras tecnológicas das universidades e
empreendimentos de alunos
feitos a partir de pesquisas iniciadas na academia têm feito
com que cada vez mais alunos
se fixem em São Carlos.
O resultado é uma diluição
cada vez maior das barreiras
entre a cidade e o ambiente
acadêmico, na opinião de Araújo e Newton Lima.
Fundador de três empresas
de tecnologia em São Carlos
desde que se formou em engenharia civil pela UFSCar, Herbert Luis Rosseto, 30, considera que o atrativo de São Carlos
ainda é o "capital intelectual".
Ele e Tathiana Moreira, 31,
uma de suas sócias na Bindewear, empresa em fase de desenvolvimento que possui a patente do "cimento luminoso",
de aplicação dentária, são outros dois casos de ribeirão-pretanos que adotaram São Carlos
após oportunidades no ambiente acadêmico.
"A cidade está melhorando,
está trazendo restaurantes,
gastronomia diversificada, mas
em lazer e cultura ainda é um
pouco ruim", diz Rosseto.
Texto Anterior: Painel Regional Próximo Texto: Hotelaria e gastronomia formam 120 alunos na cidade Índice
|